Casal gay afirmam que estavam juntos no estabelecimento, em Itatiba (SP), quando foram agredidos e ofendidos por outro cliente e por seguranças.
O casal gay que denunciou ter sido vítima de homofobia em um bar da região central de Itatiba (SP), no último sábado (13), relatou à NoticiaTem que foi seguido por dois seguranças do estabelecimento até o estacionamento, onde os homens teriam sido xingados e ameaçados pelos suspeitos.
“Chegando lá no estacionamento, ele começou a ameaçar a gente, a falar palavras, xingando a gente de veado, que era para a gente repetir o que tinha dito se a gente fosse homem”, relembra uma das vítimas, que preferiu não se identificar.
As vítimas, um enfermeiro e um professor, relataram à Polícia Civil que, a princípio, foram abordadas por um cliente dizendo que elas não poderiam se beijar dentro do estabelecimento.
Em seguida, de acordo com a polícia, o casal contou que ficou inconformado e pediu para esse homem se retirar. Minutos depois, o agressor teria empurrado um deles sobre a mesa e dado um soco bem próximo ao olho esquerdo de uma das vítimas.
Ainda conforme o registro, o agressor foi retirado do bar por um segurança, mas esperou o casal na saída do bar. Quando os dois estavam deixando o local para ir ao hospital, a confusão começou novamente. O casal também afirma que foi hostilizado e agredido pelos seguranças do bar.
“Era uma data comemorativa do nosso relacionamento. Então, nós fomos lá para comemorar. E ser surpreendido por uma situação dessas, no meio de tudo isso, despertou na gente várias situações psicológicas”, relatou um dos rapazes.
Investigações
A Polícia Civil já instaurou inquérito e pediu as imagens das câmeras de segurança do local para tentar identificar o primeiro agressor. Por se tratar de um caso de homofobia, foi decretado sigilo no caso.
Ao NoticiaTem, o dono do bar negou as acusações e afirmou que deu apoio às vítimas e que este foi um fato isolado.
“Aconteceu esse fato isolado que nós ficamos chateados. Se a gente estivesse ali na hora da situação, a gente não tinha deixado acontecer. Tudo o que o delegado estiver pedindo a gente vai estar fazendo. Nosso advogado também vai dar todo o apoio a ele”, diz.
O advogado das vítimas, Raul Gallo, informou que vai acompanhar a parte criminal do caso. “Mas não deixaremos de entrar com uma ação civil também para a reparação dos danos que eles sofreram”, afirma.
O caso foi registrado na delegacia de Itatiba como discriminação/preconceito de raça.
Fonte: g1
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