William Silva, pai da criança baleada, disse que comprou o carro recentemente e que não sabia que era roubado. Menina estava no carro com os pais, a tia e a irmã, quando disparos foram efetuados contra o veículo.
O caso do carro que levava uma menina de 3 anos baleada durante uma abordagem da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no Arco Metropolitano, em Seropédica, na Baixada Fluminense, trouxe à tona uma série de questionamentos sobre as circunstâncias e as consequências desse trágico episódio.
Na quinta-feira, 7 de setembro, uma família composta pelo pai, William Silva, a mãe, uma tia e duas crianças, incluindo a vítima, Heloísa dos Santos Silva, de 3 anos, estava voltando para sua casa em Petrópolis após passar o feriado com parentes em Itaguaí, na Região Metropolitana do Rio. O que era para ser uma viagem tranquila e familiar se transformou em um pesadelo quando disparos foram efetuados contra o veículo em que estavam.
De acordo com o relato do pai da criança, William Silva, que dirigia o veículo, eles passaram pelo posto da PRF sem serem abordados, mas perceberam que uma viatura da polícia começou a segui-los e ficou muito próxima ao carro. Diante dessa situação, William decidiu dar sinal de que iria parar. No entanto, quando o veículo já estava quase parado, foram ouvidos os disparos que atingiram a menina.
A reação imediata de William foi sair rapidamente do carro, levantando as mãos, na tentativa de comunicar aos policiais que se tratava de uma família. No entanto, a pequena Heloísa foi atingida gravemente. A família afirma que o tiro atingiu sua coluna e cabeça. A criança foi socorrida e levada ao Hospital Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, onde passou por uma cirurgia de risco.
A situação da menina é delicada, e ela foi internada no Centro de Terapia Intensiva (CTI), em estado grave, segundo informações divulgadas pela prefeitura local. William Silva enfatizou que estava dentro da velocidade adequada para a via em que trafegavam, o Arco Metropolitano.
Um aspecto relevante a ser considerado é o fato de que o carro em que a família estava, segundo informações da PRF, era roubado. William Silva alega que havia adquirido o veículo recentemente e que desconhecia sua irregularidade. Esse detalhe levanta questões sobre a abordagem policial e como a situação foi conduzida.
A PRF, em nota, informou que os três policiais envolvidos foram afastados de suas funções de forma preventiva até que o caso seja devidamente apurado pela corregedoria da corporação. No entanto, até o momento, não há menção na nota oficial sobre o motivo pelo qual os disparos foram efetuados, nem sobre o conhecimento da PRF a respeito da situação do veículo antes da abordagem.
Este incidente chocante destaca a importância de um exame completo das circunstâncias que levaram a esse trágico evento e destaca a necessidade de um diálogo aberto e transparente entre a polícia e a sociedade para garantir que incidentes como esse sejam evitados no futuro. Enquanto a menina Heloísa luta por sua vida no hospital, a busca por respostas e justiça continua.
Ministério Público Federal investiga ação da PRF
O Ministério Público Federal (MPF) iniciou uma investigação para esclarecer a abordagem da Polícia Rodoviária Federal (PRF) que resultou em uma criança baleada no Rio de Janeiro na quinta-feira passada. O Procedimento Investigatório Criminal (PIC) está sob a liderança do procurador da República Eduardo Benones e tem como objetivo identificar os policiais envolvidos e avaliar suas responsabilidades na ação.
O procurador Benones afirmou que, caso se comprove que não havia uma justificativa forte o suficiente para que os policiais reagissem da maneira que o fizeram, eles podem ser considerados responsáveis pelo resultado causado. Além disso, o Núcleo de Controle Externo da Atividade Policial do MPF tomará medidas adicionais no início da semana, incluindo a assistência à vítima e seus familiares.
O MPF também pretende analisar a responsabilidade da União no incidente e pode mover uma ação de indenização. O caso envolve Heloísa dos Santos Silva, de 3 anos, que foi atingida por três disparos, incluindo um na cabeça, enquanto estava no carro de sua família no Arco Metropolitano, em Seropédica, na Baixada Fluminense.
Um dos policiais envolvidos alegou que atirou depois de ouvir um barulho semelhante a um tiro e afirmou que o carro era roubado. A criança foi levada para o Hospital Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, onde permanece entubada em estado grave.
A PRF informou que está conduzindo uma investigação interna para apurar a conduta dos policiais e enfatizou a proibição do uso de arma de fogo contra veículos que desrespeitem bloqueios policiais, a menos que representem um risco imediato de morte ou lesão grave, conforme uma Portaria Interministerial nº 4.226, de 31 de dezembro de 2010
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Fonte:cnn