Um grave caso de abordagem policial abusiva veio à tona quando um sargento da reserva da Polícia Militar, Dilson Almeida, denunciou um colega policial lotado no 22º Batalhão, antiga 3ª CIPM, por agressão física e apontamento de fuzil em seu rosto.
O episódio ocorreu na noite de quarta-feira (26/07) no bairro de Cajazeiras V, em Salvador.
Segundo relato do sargento Dilson, ele estava na rua onde mora, curtindo um som com um amigo, quando foi surpreendido pelo policial que o abordou de forma agressiva e ordenou que baixasse o volume. Mesmo se identificando como policial militar, Dilson foi agredido com um tapa no peito pelo colega de farda. O incidente se intensificou quando o policial apontou um fuzil para o rosto do sargento, como relatou uma testemunha ao Noticia tem, que informou o ocorrido através do WhatsApp.
A agressão foi tão violenta que Dilson caiu em cima de seu próprio carro, uma Captiva, sofrendo danos materiais significativos. Inconformado com o ocorrido, o sargento decidiu tomar providências e, na manhã seguinte, se dirigiu à Corregedoria da instituição para formalizar a denúncia. Em suas palavras, Dilson descreveu a gravidade da situação: “Meteram o fuzil na minha cara. Eu caí em cima do meu carro. Amassou meu carro. Eu vou pra delegacia agora e depois vou na corregedoria”.
Diante da gravidade da denúncia, o Noticia Tem buscou informações junto à Polícia Militar, que respondeu que, em casos de conduta contrária à legalidade por parte de seus membros, a PM disponibiliza o contato da Ouvidoria (0800 284 0011) e o endereço da Corregedoria para que a vítima possa formalizar a denúncia.
Esse incidente ressalta a importância de um sistema de justiça transparente e responsável, onde qualquer abuso de poder seja investigado e punido de acordo com a lei. Abordagens policiais devem ser conduzidas com respeito e dentro dos limites legais, independentemente do status ou posição dos envolvidos. A comunidade espera que a Corregedoria e as autoridades competentes conduzam uma investigação completa e justa para garantir que atos de violência e abuso sejam devidamente apurados e responsabilizados. A confiança da sociedade na polícia e na justiça depende da integridade e da imparcialidade em todos os níveis da instituição policial.