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“CEO do Crime”: Quem é Tuta, o chefão do PCC preso na Bolívia que enganou até diplomatas

 

Marcos Roberto de Almeida, o Tuta, era o braço direito de Marcola fora das prisões e usou cargos diplomáticos e identidades falsas para montar um império do tráfico internacional. Fantástico revela bastidores da prisão e documentos inéditos.

“CEO do Crime”: Quem é Tuta, o chefão do PCC preso na Bolívia que enganou até diplomatas

Brasília – Ele era um nome conhecido nos bastidores do crime, mas passava despercebido pelas autoridades por quase uma década. Marcos Roberto de Almeida, mais conhecido como Tuta, foi preso na Bolívia em 16 de maio enquanto tentava renovar documentos falsos. Mas sua história vai muito além de um simples traficante: Tuta era considerado o “CEO do PCC”, articulador de rotas internacionais de cocaína e um dos homens de confiança do chefão Marcola, mesmo fora das prisões.

A prisão de Tuta foi possível após cooperação entre a Polícia Federal do Brasil e autoridades bolivianas, com base em dados cruzados que o ligavam a crimes de falsificação e tráfico. Ele estava usando o nome falso de Maycon Gonçalves da Silva, com documentos obtidos na República Dominicana.

O que surpreende não é só sua ficha criminal extensa, mas a sofisticação com que agia. Tuta chegou a ocupar um cargo oficial no consulado de Moçambique em Belo Horizonte, com salário de R$ 10 mil, crachá e cartão de visita. Documentos e imagens obtidos pelo programa Fantástico, da TV Globo, mostram jantares com empresários e estreita relação com o então cônsul moçambicano, Deusdete Januário Gonçalves.

Para o Ministério Público brasileiro, tudo fazia parte de um plano estratégico do PCC: usar Moçambique como rota para levar cocaína à Europa, expandindo o alcance da facção para o continente africano. As investigações indicam que Tuta até manteve relações com integrantes da máfia italiana.

A traição velada dentro da facção também veio à tona. Em gravações inéditas reveladas neste domingo (25), Marcola aparece, de dentro do presídio federal de Brasília, pressionando Tuta — em código — para executar um plano de fuga que não saiu do papel. Apesar da desconfiança, o vínculo entre os dois permaneceu até a prisão recente do “CEO”.

Com uma trajetória que começou em São Paulo na década de 90, Tuta foi preso pela primeira vez por crimes como direção perigosa, porte ilegal de arma e uso de documentos falsos. Em 2006, ele foi capturado durante os ataques coordenados pelo PCC e enviado à Penitenciária II de Presidente Venceslau, onde fortaleceu laços com Marcola. Em 2011, com a progressão para o regime semiaberto, sua ascensão no comando da facção só cresceu.

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Vida de luxo e fugas cinematográficas

Apesar da ficha criminal, Tuta vivia como um empresário bem-sucedido. Comprava lanchas, móveis de luxo no bairro do Morumbi, em São Paulo, e mantinha imóveis em Peruíbe, no litoral. Até uma empresa de ônibus na Baixada Santista estava em seu nome. Ele viajava de jatinho e circulava com seguranças armados. Um deles era o major boliviano Gabriel Soliz, preso dias depois em Santa Cruz de La Sierra.

Em 2020, durante a Operação Sharks, a polícia quase o capturou em sua casa, mas Tuta escapou minutos antes. Desde então, era considerado foragido internacional e passou a ser procurado pela Interpol.

Agora, Tuta está de volta ao Brasil — preso na mesma penitenciária federal de Brasília onde está Marcola. As autoridades garantem que os dois não terão contato. Tuta encontra-se em cela de inclusão, regime ainda mais restrito.

A história de Tuta é a de um criminoso que soube jogar com o sistema, camuflando o tráfico sob aparência de legalidade e status diplomático. Um verdadeiro “executivo do crime”, que finalmente foi derrubado após anos enganando fronteiras, governos — e até a própria facção.

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