O relatório final do inquérito da Polícia Federal (PF) sobre os assassinatos da vereadora Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes, revela uma reviravolta surpreendente. O estopim para o crime pode ter sido uma disputa política em torno de um projeto de regularização fundiária.
Presos os Suspeitos:
Neste domingo (24), os irmãos Domingos, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), e Chiquinho Brazão, deputado federal, foram presos por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) como suspeitos de serem os mandantes do crime.
Disputa Política e Motivação:
A principal hipótese de motivação para o crime, segundo a PF, é uma indisposição dos irmãos com políticos do PSOL, em especial com Marielle. A votação contrária ao projeto de regularização de terras proposto por Chiquinho Brazão teria sido o estopim para a decisão de assassinar Marielle.
Atuação das Milícias:
O relatório da PF destaca a ligação das atividades das milícias com questões fundiárias e a exploração imobiliária. Essas organizações, muitas vezes, contam com o apoio de políticos para garantir a regularização das terras que são ou serão ocupadas pelo grupo criminoso.
Impacto da Ocupação de Terras:
A ocupação ilegal de terras não apenas traz ganhos financeiros para as milícias, mas também serve como um curral eleitoral, ampliando seu controle sobre as comunidades e garantindo apoio político.
Delação Premiada:
Segundo o inquérito, o ex-policial militar Ronnie Lessa, suspeito de efetuar os disparos contra Marielle, receberia terrenos como recompensa pelo crime, visando implantar sua própria milícia na zona oeste do Rio de Janeiro.
Necessidade de Intervenção Estatal:
Autoridades e especialistas destacam a necessidade de políticas firmes do Estado para retomar o controle de territórios dominados pelo crime organizado, incluindo reforma urbana, reforma agrária e regularização fundiária.
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