Festas privadas de luxo, raves e clientes de alto padrão eram os alvos de um grupo de homens, todos universitários, de classe alta entre 20 e 30 anos, para a venda de drogas sintéticas e haxixe em Salvador e Região Metropolitana.
Uma operação com 75 policiais civis através do Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco) cumpriu mandados de prisão preventiva na manhã desta terça-feira (25) de sete homens nos bairros do Corredor da Vitória, Ondina, Rio Vermelho e Vila Ruy Barbosa, na Cidade Baixa, além de Vilas do Atlântico, em Lauro de Freitas. Um oitavo suspeito já estava no presídio e mesmo assim monitorava a situação aqui fora, e agora vai responder também por esse agravante.
Desse total, ainda houve um flagrante na capital de um homem que estava portando 40 comprimidos dentro de casa. A polícia também apreendeu dois carros de luxo e um popular. Com eles ainda estavam algumas mulheres que foram detidas e estão prestando depoimento para saber o nível de envolvimento.
De acordo com o titular da Delegacia Territorial de Entorpecentes da Região Metropolitana (DTE/RMS), Alexandre Galvão, a investigação durou 18 meses. “A prisão de um dos envolvidos há um ano e meio acabou revelando o esquema de venda através de uma loja on-line pelo Instagram apenas para pessoas que eram indicadas pelas outras e a entrega era realizada pelos Correios, em caso de outras cidades e estados. Logo depois, um outro fornecedor do grupo, também universitário foi preso com uma quantidade relevante de drogas e novas evidências foram recolhidas”, explicou.
Galvão ressaltou que essas drogas sintéticas são caras, um comprimido gira em torno de R$ 35 a R$ 90 e em festas os valores sobem mais. “Uma festa rave de alto padrão dura mais de 24 horas e estima-se que 600 comprimidos são vendidos, inicialmente com preço mais razoável e no ápice da festa chega à custa R$ 100,00, logo durante cada evento mais de R$ 6.000,00 é garantido”.
O titular afirma ainda que a popularidade dessas drogas entre os jovens inibe o real perigo que oferecem a saúde. “Nem quem compra ou vende sabe o que tem ali em cada comprimido que pode fazer mal à saúde, inclusive, levar a morte”.
O grupo que comercializava comprava do exterior ou do sul do país, Galvão cravou que na Bahia não há histórico de produção de sintéticos.
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