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Mãe de adolescente morto em Jaguaribe deixou filho de carro na praia por temer violência

 

O adolescente Igor Oliveira Filho, de 16 anos, uma das vítimas do atentado que deixou três mortos e dois feridos nesta terça-feira (5) chegou à praia de Jaguaribe, palco do crime, na companhia da mãe. Naquela tarde de sol, ela fez questão de levar o mais velho de três filhos de carro por considerar que ele estaria mais seguro em sua companhia. A família não se sentia à vontade em deixá-lo ir até à praia de transporte público. O trajeto entre a casa deles, no Residencial Le Parc, na Avenida Paralela, até à Octávio Mangabeira, é de pouco mais de 11 km e pode ser feito em 17 minutos de carro, segundo informações oferecidas pela plataforma Google Maps.

O combinado entre eles era de que ela retornaria para buscá-lo no fim do dia, o que não aconteceu, já que o jovem morreu com um tiro no tórax, mesmo depois de ter sido socorrido e encaminhado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), no bairro de Itapuã. As informações foi confirmada ao Bnews por um médico amigo da família.

Igor, que estava na companhia de amigos jogando futevôlei, foi baleado por homens armados que chegaram até à praia à procura de um rival, identificado como Lucas Santos de Souza, de 27 anos. Durante o crime, no entanto, outras pessoas acabaram atingidas. Além de Igor e Lucas, a estudante de biomedicina Juliana Celina da Santana Silva Alcântara, de 20 anos, também não resistiu. Ela morreu sentada em uma cadeira de praia ao lado da mãe, atingida de raspão.

No sepultamento do jovem, que aconteceu na tarde desta quarta-feira (6), no Cemitério Jardim da Saudade, o pai, bastante emocionado, se despediu do filho com um discurso. Durante a homenagem, ele lembrou dos sonhos interrompidos do adolescente que amava futebol. “Seu sonho, meu filho, era entrar para seleção brasileira, para o Bahia, mas agora você está na seleção do céu, ao lado de Deus”, contou o médico amigo da família.

Na opinião do profissional, que atua como cirurgião, o atendimento da equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) falhou ao levar a vítima para a UPA de Itapuã ao invés de um hospital de especialidade, como é o caso do Hospital Geral do Estado, na Vasco da Gama, região central da cidade.

“Não é comum uma pessoa jovem, saudável, morrer com um quadro desse, mas houve um erro grave do Samu. Houve uma demora inicial do Samu chegar lá, mas o ponto não é esse. O erro imperdoável é levar o paciente vítima de arma de fogo para uma UPA, isso é igual a assinar um atestado de óbito porque a unidade não tem condições de fazer os procedimentos necessários”, opinou.

Ainda de acordo com informações do médico amigo da família, o laudo pericial do corpo da vitima identificou uma presença de sangue na cavidade pleural e um acúmulo de ar que pode ter comprimido os pulmões.

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Segundo o coordenador de urgências da capital baiana, Ivan Paiva, Igor foi levado para UPA de Itapuã pela proximidade com a praia de Jaguaribe. Caso fosse encaminhado para uma unidade de referência em traumas feitos por arma de fogo, o atendimento poderia demorar até 30 minutos.

“Quando aconteceu o crime em Jaguaribe, coincidentemente, uma ambulância do Samu passou pelo local, com um técnico de enfermagem e um condutor. A ambulância foi abordada, não houve um chamado. Foi feita uma avaliação do caso. Pelo fato da praia ficar a cinco minutos de Itapuã, ele foi encaminhado para lá. Se aquela ambulância saísse dali para um local mais adequado, como o HGE, levaria pelo menos 20 a 30 minutos”, explicou Paiva.

 

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