Condenada a devolver o valor e pagar multa de R$ 1 milhão. Ela também foi proibida de ocupar cargos públicos por 8 anos.
Fraude durou mais de 30 anos
Ana Lucia Umbelina Galache de Souza, de 55 anos, utilizou documentos falsos para receber uma pensão militar destinada a filhas solteiras. Ela enganou o Exército por mais de 30 anos. A fraude começou em outubro de 1988, quando Ana Lucia apresentou uma certidão de nascimento falsa. Com isso, ela se passou por filha de um ex-combatente da Segunda Guerra Mundial.
Valores desviados
Entre 1988 e 2022, Ana Lucia recebeu R$ 3,7 milhões em pensão. Em valores corrigidos, esse montante chega a R$ 7,2 milhões. Ela contou com a ajuda de sua avó, Conceição Galache de Oliveira, para criar os documentos falsificados. As duas dividiam o valor recebido. No entanto, em 2021, Conceição denunciou a fraude ao Exército após um desentendimento financeiro com a neta. Ela faleceu pouco depois e não enfrentou julgamento.
Condenações judiciais
Em fevereiro de 2023, Ana Lucia foi condenada pela Justiça Militar a três anos e três meses de prisão. Mais recentemente, no dia 2 de outubro de 2024, o Tribunal de Contas da União (TCU) decidiu que ela deve devolver os valores recebidos indevidamente. Além disso, Ana Lucia terá que pagar uma multa de R$ 1 milhão e está proibida de ocupar cargos públicos por 8 anos.
Documentos falsos
Para cometer a fraude, Ana Lucia usou o nome falso Ana Lucia Zarate. Ela alegou ser filha de Vicente Zarate, ex-combatente da Força Expedicionária Brasileira. Na verdade, Vicente era tio-avô dela, e não pai. A pensão, que deveria ter sido cancelada após a morte dele, foi mantida. Ana Lucia continuou a receber R$ 4.952,22 por mês até 2022.
Admissão do crime
Durante o interrogatório, Ana Lucia confessou que sabia da ilegalidade e que usava documentos falsificados. Mesmo ciente da fraude, ela continuou se apresentando como filha de Vicente para garantir o pagamento da pensão.
Procurada, Ana Lucia não quis se pronunciar sobre o caso. No processo criminal, ela foi defendida pela Defensoria Pública da União, por alegar que não tinha condições de pagar um advogado.
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