Tragédia e mistério cercam o caso da adolescente de 14 anos em Guaratinga, no extremo sul da Bahia.
A jovem, pertencente à comunidade cigana, foi vítima de um homicídio qualificado (feminicídio) dentro de sua própria casa no dia 6 de julho. Os detalhes que emergiram posteriormente apontam para uma narrativa complexa e perturbadora.
O marido de Hyara Flor, nora da vítima, encontra-se no centro das investigações, sendo considerado o principal suspeito do crime. Ele foi encontrado em Vila Velha, no Espírito Santo, e, como também é menor de 18 anos, será encaminhado para a Delegacia Especializada do Adolescente em Conflito com a Lei.
No entanto, um vídeo gravado por Amorim, pai do marido de Hyara, trouxe uma reviravolta inesperada à história. No vídeo, Amorim alega que o tiro fatal foi disparado acidentalmente por outro filho seu, irmão do esposo da vítima, identificado como J.D. De acordo com Amorim, J.D. estaria brincando com a arma no momento em que ocorreu o disparo acidental, negando qualquer envolvimento de seu outro filho, Amadeu, no caso.
A família da adolescente acredita que o crime foi motivado por vingança, mas essa informação ainda não foi oficialmente confirmada pelas autoridades. Logo após o homicídio, o marido de Hyara e seus familiares fugiram da cidade, em uma tentativa de evitar a captura. No entanto, a polícia conseguiu rastrear o veículo da família e descobriu que eles percorreram diversas cidades da Bahia e do Espírito Santo, até chegarem a Vitória. Lá, tentaram se abrigar na casa de parentes.
O caso ganhou atenção nacional e está sob a investigação da Polícia Federal. O delegado Robson Andrade é o responsável pelo inquérito. A apreensão do marido de Hyara é um passo importante para esclarecer os fatos e buscar a justiça pela morte da adolescente.
Tanto a família da vítima quanto a família do suspeito estão clamando por justiça, cada um com sua versão dos acontecimentos. A perícia será crucial para determinar a verdade dos fatos e desvendar a sequência de eventos que levaram à morte da jovem cigana.
Enquanto a investigação prossegue, a comunidade local e o país aguardam por respostas e esperam que a justiça seja feita em memória da jovem que teve sua vida interrompida de forma trágica e precoce.