O prefeito de Salvador, ACM Neto, quer adiar o Carnaval de 2021 para o início de julho do próximo ano em todo o Brasil. Ele afirmou nesta segunda-feira (20) que está discutindo com prefeitos de capitais como São Paulo e Rio de Janeiro para construção de um novo calendário nacional da festa, em face da possibilidade cada vez mais remota de que ela aconteça em fevereiro, devido à pandemia do novo coronavírus.
“Vamos avaliar a possibilidade do adiamento do calendário do Carnaval. Caso isso seja necessário, avaliamos que isso poderia ser no início de julho, antes das Olimpíadas. Tudo o que eu ouço, os epidemiologistas e infectologistas com que eu converso, todos os indicativos que eu conheço são de que, até fevereiro, não haverá vacina que traga imunidade para todo mundo. A lógica indica que esse deverá ser o caminho [adiar o Carnaval]. E, se depender de mim, será uma decisão nacional, capitaneada por grandes cidades brasileiras, jogando o calendário para o início de julho, que seria um período mais seguro do que fevereiro”, detalhou o prefeito, em entrevista durante a inauguração da Unidade de Saúde da Família (USF) Antônio Neiva, no Arraial do Retiro, nesta manhã.
O prazo limite para decisão sobre o adiamento do Carnaval e o cancelamento do Festival Virada Salvador, que acontece no fim do ano, é o mês de novembro, mas ele pode ser antecipado, segundo Neto. De acordo com ele, as cidades de São Paulo e Rio devem bater o martelo sobre o assunto antes, já que a folia momesca nestes locais envolve desfile de escolas de samba.
A pandemia do novo coronavírus deve impactar todo o calendário de eventos da cidade. Além do cancelamento do Festival Primavera, que ocorre em novembro, o prefeito também suspendeu a Maratona Salvador. Caso o Carnaval não aconteça em fevereiro, outras festas tradicionais, como a Lavagem do Bonfim e os festejos para Iemanjá no 2 de fevereiro, ficarão sem ocorrer em 2021.
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