Frederick Wassef, o advogado que ganhou notoriedade ao se autodenominar “advogado do presidente Bolsonaro”, agora se encontra no centro de uma teia de controvérsias.
Enquanto ele recentemente afirmou ter adquirido um relógio Rolex de alto valor, supostamente pertencente ao ex-presidente, por outro lado, acumula dívidas com o condomínio e o IPTU de Atibaia. Esse personagem misterioso, frequentemente ligado a poderosos, parece ter passado de “anjo” a “demônio” após a apreensão de seus celulares pela Polícia Federal.
A figura de Frederick Wassef é marcada por paradoxos: um advogado associado a figuras influentes, mas também marcado por dívidas acumuladas e histórias mal contadas. Sua ostentação, exemplificada pela recompra de um Rolex avaliado em quase R$ 350.000, contrasta com sua dívida de R$ 3.516,35 de IPTU para a prefeitura de Atibaia. Esse padrão se estendeu para seu estilo de vida milionário, que inclui a aquisição de um apartamento em Miami, com taxas pagas por sua ex-mulher, a empresária Maria Cristina Boner.
A campanha política de Wassef para uma vaga de deputado federal também trouxe à tona questionamentos sobre suas relações e influência. Durante a corrida eleitoral, ele declarou um patrimônio de R$ 18 milhões, incluindo um apartamento em Miami. No entanto, a falta de pagamento de taxas do imóvel em 2022 levantou dúvidas sobre a real situação financeira do advogado.
As associações de Wassef com a família Bolsonaro também são um ponto de discussão. Durante sua campanha, ele se apresentou como “advogado de Bolsonaro” e obteve apoio de figuras como o senador Flávio Bolsonaro. No entanto, a autenticidade dessas conexões foi questionada, uma vez que vídeos de apoio parecem escassos e santinhos que retratam os dois juntos podem ser montagens.
Frederick Wassef, conhecido como “advogado de Bolsonaro”, é um personagem enigmático que se move entre as sombras da influência e da controvérsia. Sua trajetória, marcada por luxos contrastantes com dívidas, suscita questionamentos sobre suas reais motivações e conexões. A recente apreensão de seus celulares pela Polícia Federal pode revelar mais sobre sua rede de relacionamentos e suas atividades.
À medida que sua imagem de “anjo” se desvanece e sua associação com o poder enfrenta mais escrutínio, Frederick Wassef permanece um enigma em meio a um cenário de intrigas políticas e financeiras.