O influenciador Pablo Marçal (PRTB) se vê em uma situação delicada após a agressão de seu assessor, Nahuel Medina, contra o marqueteiro Duda Lima, da campanha de Ricardo Nunes (MDB). A agressão aconteceu após Marçal ser expulso de um debate, levantando questionamentos sobre a coerência de suas posturas em relação à violência.
O Episódio
Nahuel desferiu um soco em Duda, sem que houvesse uma agressão prévia por parte do publicitário. Vídeos mostram que o marqueteiro estava desatento no momento da agressão, que causou intenso sangramento. Em resposta, Marçal defendeu seu assessor, alegando legítima defesa, apesar das evidências contrárias.
Contradição em Ação
Esse posicionamento contrasta com as críticas anteriores de Marçal, quando foi atingido por uma cadeirada do apresentador José Luiz Datena (PSDB). Na ocasião, o influenciador afirmou que “a culpa é sempre do agressor”, independentemente de provocações. Entretanto, na agressão cometida por Nahuel, Marçal rapidamente buscou justificar a violência.
Impacto na Campanha
O episódio agrava a rejeição a Marçal, que já estava em 47% nas pesquisas. Após prometer uma postura mais moderada durante o debate na TV Cultura, o influenciador voltou a adotar uma postura conflituosa no debate do Flow, que culminou em sua expulsão.
Agora, com um discurso ainda mais inflamado e a defesa pública de seu assessor, Marçal enfrenta um dilema: seguir com sua estratégia de confronto ou buscar moderação em um momento crítico de sua campanha.
Ao fim do debate, Marçal foi expulso depois de levar três advertências por agressões verbais durante suas considerações finais. O soco de Nahuel veio logo depois e, embora não tenha destoado completamente do comportamento adotado pelo influenciador naquela noite, pareceu inesperado mesmo para a campanha.
Depois do episódio, Marçal abriu algumas lives no Instagram, dizendo-se vítima de censura e afirmando que o assessor agiu em legítima defesa. “Infelizmente aqui no debate tem um problema de civilidade, de gente agredindo pra todo lado”, disse o influenciador, como se a agressão não tivesse partido de sua própria equipe.
Nas gravações, o candidato enterrou qualquer tentativa de moderação, com falas dramáticas, choro e xingamentos. Afirmou que a deputada federal Tabata Amaral (PSB) é “escrota”, voltou a chamar Datena de “abusador sexual” e conclamou os eleitores a “entrar numa guerra”.
Por estratégia ou emoção, Marçal sinaliza ter dobrado a aposta e decidido que, se cair antes do segundo turno, cairá atirando.