Decisão aconteceu durante uma sessão na noite desta segunda-feira (9); presidente é suspeito de peculato
A Assembleia Nacional do do Equador decidiu abrir um processo de impeachment contra o presidente Guillermo Lasso por suspeita de peculato. A decisão aconteceu durante uma sessão na noite desta segunda-feira (9). A maioria dos congressistas decidiram seguir a diante com o processo que vai investigar se Guillermo ignorou contratos feitos por uma empresa estatal de distribuição de transportes de petróleo com uma outra empresa privada.
Segundo as investigações, o presidente teria ignorado desvios feitos durante o período contratual entre a estatal e uma empresa privada, em 2018, e a suposta atitude teria acarretado um prejuízo de cerca de 6 milhões de dólares. O presidente nega as acusações e disse que esse contrato foi feito antes dele ter assumido a presidência do Equador.
Guillerme Lasso foi eleito e passou a assumir o cargo de presidente em abril de 2021. Ele é ex-banqueiro e durante a campanha eleitoral teve amplo apoio de empresários e de instituições bancárias do Equador.
O grupo ouviu testemunhas no mês passado e quatro dos nove membros do comitê chegaram a essa conclusão, a reforçar a versão dos aliados do presidente.
A resolução aprovada pela deposição afirma que “a Assembleia Nacional acusa o presidente da República porque, juntamente com Hernán Luque Lecaro [ex-presidente do grupo coordenador de empresas públicas], definiu a continuação de contratos de transporte de petróleo a favor de terceiros, cientes de que representavam um prejuízo para o Estado”.
O documento contou com apoio de diversos partidos, como o movimento União pela Esperança, o Partido Social Cristão, o movimento indígena Pachakutik e outros independentes.
Ao todo, a sessão durou mais de cinco horas e teve quórum de 116 congressistas. Ao final da votação, houve aplausos e gritos de “fora, Lasso”.
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