Cúpula de líderes ocorre no Rio de Janeiro e aborda desafios globais
A Cúpula de Líderes do G20 começou nesta segunda-feira (18/11) no Rio de Janeiro, reunindo chefes de Estado de todo o mundo. Durante dois dias, os líderes discutirão temas como taxação de fortunas, combate à fome, mudanças climáticas e reforma de instituições globais.
Entre as principais propostas da presidência brasileira está a criação de um imposto de 2% sobre as fortunas de bilionários. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defende que os recursos sejam direcionados para reduzir desigualdades em países mais necessitados. Contudo, o plano enfrenta resistência, principalmente do governo argentino, liderado por Javier Milei, que se opõe à ideia.
Combate à fome
Na abertura da cúpula, foi lançada a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, que busca beneficiar 500 milhões de pessoas até 2030. A iniciativa conta com o apoio de países como Alemanha, Noruega e Paraguai, além de organismos internacionais como a União Europeia e a União Africana. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, também manifestou apoio.
Durante o evento, Lula destacou que a fome é uma questão política, afirmando que sua existência reflete a irresponsabilidade de líderes globais.
Reforma global e clima
Outro ponto central do encontro é a reforma do Conselho de Segurança da ONU. O modelo atual, criado após a Segunda Guerra Mundial, é amplamente criticado pela falta de representatividade. O secretário-geral da ONU, António Guterres, defendeu mudanças, afirmando que a estrutura atual “reflete o mundo de 80 anos atrás”.
A questão climática também está em pauta. O Brasil defende maior financiamento para ações alinhadas ao Acordo de Paris. Enquanto isso, na COP29, países em desenvolvimento pedem US$ 1 trilhão às nações ricas para financiar medidas contra a crise climática, enfrentando resistência dessas economias.
Agenda do evento
Os debates ocorrem no Museu de Arte Moderna. Além das sessões sobre fome e reforma global, o segundo dia abordará desenvolvimento sustentável e transição energética. A presidência do G20 será oficialmente transmitida para a África do Sul ao final do evento.
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