Autoridade monetária respondeu a críticas de ministro do trabalho
O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, disse hoje (28) que o processo de convergência da inflação para a meta está dentro do que foi estipulado pelo governo e que a condução da política monetária do Brasil tem sido avaliada como positiva devido aos resultados alcançados.
“O objetivo é fazer a inflação atingir a meta, que é determinada pelo governo, pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). O objetivo é trazer essa inflação para a meta com o mínimo de custo para a sociedade. O mínimo de custo em termos de crescimento, desemprego, retração de crédito. Quando a gente olha para o que foi feito no último um ano e meio, o Brasil está fazendo a inflação convergir, ainda que a última milha seja mais dolorida. O BC promoveu um processo de convergência a um custo muito baixo”, disse durante a apresentação do Relatório Trimestral de Inflação.
O comentário é uma resposta ao ministro Luiz Marinho (Trabalho), que na última quarta-feira afirmou que o BC deveria estudar os fundamentos da economia.
“Nós respeitamos todas as críticas. Cada pessoa tem uma forma de olhar. A missão do Banco Central é trazer a inflação para a meta. A inflação alta é algo que gera um desiquilíbrio muito grande e afeta a população mais carente. É importante que a gente sempre tenha isso no visor. Temos países, como Argentina, que a inflação gerou uma desigualdade muito grande. Isso é uma coisa que entendemos que precisa ser colocado”, disse.
Para o dirigente do BC, há o entendimento de que o trabalho de convergência para a meta é positivo.
“A gente entende todo tipo de crítica, mas acho que tem uma avaliação, local e internacional, que o trabalho do BC foi bem feito ao promover a convergência da inflação a um custo baixo.”
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