Governo Lula Aprova Medidas Polêmicas: Corte de Gastos Afeta Idosos e Pessoas com Deficiência
Na noite de quinta-feira (19), a Câmara dos Deputados aprovou, por uma votação de 264 a 209, o terceiro projeto do pacote de corte de gastos do governo federal. Com medidas que estabelecem limites no crescimento do salário mínimo e tornam obrigatória a biometria para programas sociais, o projeto, agora em análise pelo Senado, já está gerando polêmica, especialmente entre os grupos mais vulneráveis, como idosos e pessoas com deficiência.
Corte de Recursos para os Mais Vulneráveis: O Que Está em Jogo?
O projeto aprovado inclui uma série de alterações que afetam diretamente as pessoas com deficiência e os idosos. A principal crítica vem do deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), que apontou que a medida corta recursos essenciais para esses grupos, em vez de atacar gastos com “supersalários do funcionalismo público” ou cortes em ministérios e viagens luxuosas. “Aos que ainda chamam Mudanças no Benefício de Prestação Continuada (BPC): Quem Vai Perder?
Uma das maiores preocupações geradas pela aprovação do projeto foi a alteração no Benefício de Prestação Continuada (BPC), destinado a idosos e pessoas com deficiência de baixa renda. Embora o texto original ameaçasse excluir beneficiários com autismo e síndrome de Down, a proposta foi ajustada após pressão para incluir apenas pessoas com deficiência de grau moderado ou grave. No entanto, a medida ainda limita o acesso ao benefício, afetando famílias de vulneráveis.
Biometria Obrigatória e Outras Alterações: O Que Muda no Acesso aos Benefícios Sociais?
Além das mudanças no BPC, o projeto também determina a obrigatoriedade da biometria para o recebimento de benefícios sociais, com exceções para idosos com dificuldades de locomoção e moradores de áreas remotas. Essa mudança promete tornar o acesso mais seguro, mas também pode representar mais obstáculos para aqueles que já enfrentam dificuldades para acessar serviços públicos.
Reações Polêmicas e Impactos Econômicos: Como o Governo Justifica o Corte de Gastos
O governo federal defende as medidas como necessárias para a redução do déficit fiscal, com uma economia estimada de R$ 109,8 bilhões entre 2025 e 2030. No entanto, a medida gerou ampla indignação, com parlamentares e especialistas questionando a lógica de cortar recursos dos mais vulneráveis. O impacto sobre programas como o Bolsa Família e o Proagro também está entre os pontos de maior contestação.
A aprovação desse projeto pelo governo Lula levanta questões sérias sobre os impactos nas camadas mais pobres e vulneráveis da sociedade. Enquanto o governo busca conter gastos públicos, muitos questionam se as medidas realmente atingem onde mais importa ou se as pessoas que mais precisam de apoio estarão pagando o preço por essa austeridade. A votação no Senado promete ser outro capítulo importante dessa história.
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