Evento marca os dois anos dos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, com clima de tensão nos bastidores.
Os comandantes das Forças Armadas aceitaram o convite do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e estarão presentes na cerimônia que relembra os dois anos dos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. A solenidade será realizada no Palácio do Planalto e contará com a participação do general Tomás Paiva (Exército), brigadeiro Marcelo Damasceno (Aeronáutica) e almirante Marcos Olsen (Marinha).
O Ministério da Defesa confirmou a presença dos comandantes, que se juntarão às principais autoridades do país, incluindo o presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco, e o presidente do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso.
Clima de tensão nos bastidores
A participação dos comandantes ocorre em um momento delicado nas relações entre o Planalto e as Forças Armadas. Recentemente, houve desgastes devido à inclusão dos militares no pacote de cortes orçamentários promovido pelo governo Lula, o que gerou críticas nos bastidores.
Além disso, fontes das Forças Armadas revelam que a realização da solenidade do 8 de janeiro é vista com ressalvas. Segundo avaliações internas, o evento pode acirrar os ânimos entre os apoiadores de Lula e os defensores do ex-presidente Jair Bolsonaro, prejudicando a busca por uma reconciliação nacional.
Significado político da solenidade
O ato simboliza o compromisso do governo Lula com a defesa da democracia e da estabilidade institucional, mas também expõe as feridas ainda abertas dos atos de vandalismo que marcaram a invasão ao Congresso Nacional, ao Supremo Tribunal Federal e ao próprio Palácio do Planalto em 2023.