A “CPI da Manipulação dos Jogos de Futebol” iniciou seus trabalhos no Senado Federal, com foco inicial em investigar mais de 100 partidas suspeitas de manipulação. Um dos primeiros convocados para prestar esclarecimentos é o gestor do Botafogo, John Textor, após suas declarações polêmicas levantarem questões sobre a integridade no esporte.
Jorge Kajuru, presidente da CPI, anunciou o início das investigações, destacando a importância de examinar a seriedade das acusações feitas por Textor. As declarações do gestor estadunidense geraram repercussão, com clubes como Fortaleza, Palmeiras e São Paulo manifestando intenção de denunciá-lo nas esferas desportiva e criminal.
Kajuru ressaltou que, até o momento, não foram apresentadas provas à justiça desportiva, apenas ao Ministério Público, e enviou um ofício à Polícia Federal solicitando investigação sobre as alegações de Textor. A convocação do gestor do Botafogo visa esclarecer os detalhes das acusações e seu envolvimento nos casos em questão.
A CPI da Manipulação dos Jogos de Futebol representa um passo significativo no combate à corrupção e à manipulação no esporte. A convocação de John Textor e a investigação dos jogos suspeitos demonstram o compromisso do Senado Federal em garantir a integridade e a transparência no futebol brasileiro.
A CPI da Manipulação dos Jogos de Futebol terá o seguinte sistema de trabalho:
– Presidente da CPI: Jorge Kajuru (comandará os trabalhos)
– Relator da CPI: Romário (responsável por todos os pareceres da CPI, inclusive o relatório final)
– Membros: 11 senadores titulares e 7 suplentes (haverá escolha pelos partidos)
– Duração: 180 dias
– Quem pode ser convocado: Segundo o artigo 58 da Constituição Federal, os parlamentares têm o mesmo poder que um juiz em fase de investigação, podendo convocar qualquer cidadão ou autoridade, podendo até exigir condução coercitiva em casos de negação.