Deputado da bancada evangélica quer união com católicos para barrar jogos de azar
Se depender da bancada evangélica, os jogos de azar não serão legalizados no Brasil novamente.
Jogo do bicho, cassinos e bingos são proibidos no país desde 1946, mas um projeto de lei que está tramitando no Congresso Nacional pode regularizar a exploração dessas apostas em todo território nacional, além de autorizá-las por meio da internet.
Nessa batalha, a Frente Parlamentar Evangélica do Congresso Nacional, com 193 deputados e 8 senadores, quer o apoio de parlamentares que professam outras religiões, como os católicos. E a briga não será fácil: Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Casa, já se declarou favorável à legalização de cassinos, ainda que restrita a resorts.
“Eles não vão conseguir instituir essa lei no Brasil, porque a Frente Parlamentar Evangélica, a Frente Parlamentar em Defesa da Vida e da Família e a Frente Parlamentar Católica vão se unir fortemente contra isso”, diz o coordenador da Frente Parlamentar Evangélica na Câmara, deputado Silas Câmara (Republicanos-AM).
Contrário ao projeto de lei de autoria do senador Ciro Nogueira (PP-PI), Câmara enfatiza que os jogos de azar “não prestam”. A avaliação do deputado é que os cassinos trazem muitos problemas sociais, que podem até “destruir famílias brasileiras“.
“O cassino é sinônimo do que não presta. Traz exploração infantil, drogas, contrabando, corrupção e vício”, opina.
Para o parlamentar, que é pastor da Igreja Assembleia de Deus, é um grande engano a afirmação de que os jogos de azar vão aquecer a economia.
“Nos EUA, para cada dólar arrecadado em impostos dos cassinos, a economia de Las Vegas perde US$ 3 para recuperar as mazelas sociais que o jogo impõe à sociedade”, afirma, sem citar a fonte do estudo mencionado.
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