O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, classificou nesta terça-feira…
o crescimento no Brasil dos sites de apostas esportivas — as chamadas “bets” — como “preocupante”, alertando para o risco de impacto sobre a inadimplência das famílias.
Durante o evento J. Safra Brazil Conference 2024, promovido pelo J. Safra, em São Paulo, Campos Neto afirmou que não é função do BC “olhar bets”, mas pontuou que a instituição tem abastecido o governo com informações sobre os sites de apostas.
“Uma parcela grande das pessoas que recebe Bolsa Família tem apostado nas bets”, disse Campos Neto. “O crescimento de bets é muito grande. A correlação entre pessoas de baixa renda e aumento em apostas tem sido grande”, acrescentou.
Na semana passada, reportagem da Reuters mostrou que o dinheiro gasto nas bets tem causado endividamento e problemas de saúde mental em famílias e provocado impacto em setores da economia como consumo e poupança.
Segundo Campos Neto, o BC começou a ter a percepção de que as bets terão efeitos na inadimplência. “O crescimento de bets no Brasil tem sido bastante rápido… e é preocupante”, afirmou. Conforme o presidente do BC, desde janeiro o uso do Pix para apostas aumentou em 200%.
Como as bets ganham dinheiro?
Margem de lucro:
As casas de apostas ajustam as odds para garantir que, a longo prazo, elas obtenham lucro, independentemente do resultado do evento. Elas utilizam complexos algoritmos e análise de probabilidades para determinar essas odds.
Perdas dos apostadores:
Assim como um cassino, a casa de aposta depende das perdas dos apostadores. Mesmo que alguns jogadores ganhem, a maioria tende a perder ao longo do tempo, o que mantém as casas de apostas lucrativas.
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