A estimativa de produção de soja e milho do Brasil na temporada 2023/24 foi reduzida pela consultoria Datagro, conforme relatório publicado nesta sexta-feira, com ajustes para baixo nas produtividades da oleaginosa e na área plantada do cereal segunda safra, além de impactos na colheita do Rio Grande do Sul devido às enchentes.
A produção da segunda safra de milho, cuja colheita está começando no Paraná e Mato Grosso, foi estimada em 90,5 milhões de toneladas, versus 91,86 milhões de toneladas na previsão anterior, ficando ainda 16,7% aquém da temporada anterior.
Já a produção total de milho do país em 2023/2024 foi estimada em 114,3 milhões de toneladas, versus 115,85 milhões em estimativa anterior, contra um recorde de 136,5 milhões na temporada passada.
O padrão de clima irregular vai superando o bom uso de tecnologia, com destaque para as perdas na reta final em virtude das chuvas em excesso no Rio Grande do Sul, disse a Datagro.
O potencial de produção da primeira safra de milho do Brasil foi reduzido de cerca de 24 milhões para 23,8 milhões de toneladas.
Para a safra de inverno 2024, houve um corte residual na área. “Que caíram originalmente pela fraca sinalização para as margens de lucro e com os problemas no plantio da soja”, disse o economista e líder de conteúdo da Datagro Grãos, Flávio Roberto de França Junior.
A safra de soja do Brasil deve alcançar 147,57 milhões de toneladas, versus 147,96 milhões em estimativa anterior, segundo da relatório da Datagro.
“Perdas no Rio Grande do Sul parcialmente compensadas por revisão para cima na área em outros Estados”, observou França Junior.
Em caso de confirmação, esse volume ficaria 8,3% aquém da safra recorde de soja colhida em 2022/23, de 160,834 milhões de toneladas — ainda assim, a segunda maior da história.
Colunista: FredeWilliames. repórter cinematográfico/ DRT: 4416/ES
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