A correção no ecossistema cripto derrubou os ativos nos últimos dias…
apesar de alguma recuperação nesta terça. O bitcoin acumula uma baixa de 14% em sete dias, enquanto o Ethereum perde 23%, ainda que as criptomoedas subam 3% e 1% em 24h, respectivamente.
Esta teria sido uma das maiores quedas desde o último “inverno cripto”. Os receios de uma recessão nos Estados Unidos pesaram nos ativos de risco, de forma geral, incluindo nas criptomoedas – e investidores vão monitorar de perto se estes efeitos vão se dissipar nos próximos dias.
“No fim de semana, mais de US$ 300 bilhões foram apagados dos mercados de ativos digitais, com o Bitcoin caindo mais de 20%, marcando uma das maiores quedas desde o desastroso ano de 2022”, detalha Manuel Villegas, analista de pesquisa de próxima geração do grupo suíço Julius Baer.
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Olhares atentos à volatilidade
A volatilidade ainda é esperada, enquanto os impactos dos fatores que pressionam os ativos começam a diminuir. De acordo com o Julius Baer, a correção ocorre diante de fatores e fluxos técnicos, mas não fundamentos. A queda acentuada nas cotações ainda teria sido “exacerbada pela especulação de que os criadores de mercados de criptomoedas estão a transferir o seu risco para bolsas centralizadas, presumivelmente para liquidação”, aponta Villegas.
Mais de 125.000 posições longas, no valor de US$ 471 milhões, teriam sido liquidadas em um dia, conforme nota ao mercado divulgada na manhã desta terça. Além disso, os Exchange Traded Funds (ETFs) de Bitcoin à vista dos EUA teriam apresentado saídas líquidas de quase US$ 400 bilhões desde a última quinta.
Mudanças do carry trade entre dólar-iene com decisão de política monetária no Japão e continuidade dos conflitos no Médio Oriente, além de uma temporada de balanços com lucros mais fracos do que o previsto entre algumas big techs e o cenário político americano também pesam no sentimento, assim como o receio a respeito da atividade econômica americana.
A perspectiva, segundo Villegas, é que o desempenho do Bitcoin esteja alinhado com o sentimento do mercado, tendo vista seu comportamento correlacionado com ativos de risco.
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