Ailton Barros, preso nesta quarta-feira pela Polícia Federal, tem longa ficha de transgressões na Força, incluindo tentativa de abuso sexual; PF investiga ligação com falsificação de dados de vacinação .
Ailton Barros, preso nesta quarta-feira pela Polícia Federal, tem longa ficha de transgressões na Força, incluindo tentativa de abuso sexual; PF investiga ligação com falsificação de dados de vacinação
Ailton se identificava como “o 01 do Bolsonaro” em sua campanha para deputado federal e teve quase 7 mil votos em 2022.
De acordo com o STM, o ex-militar era um “oficial que reiteradamente pratica atos que afetam a honra pessoal, o pundonor militar e o decoro da classe, por isso, incompatível com o oficialato”.
A decisão que o afastou da Força cita diversos episódios que fizeram o militar alvo de procedimentos internos e que eram recorrentes práticas de “humilhação aos seus subalternos”.
Prisões
Em 1997, Ailton foi preso por oito dias quando servia em Natal, no Rio Grande do Norte, quando, segundo o STM, tentou “abusar sexualmente de uma senhorita na área de um acampamento militar”.
Anos depois, em 2002, o militar foi alvo de seis procedimentos: o primeiro, que lhe rendeu punição, se deu após atropelar um integrante da Polícia do Exército na Praia Vermelha, Zona Sul do Rio, que tentou parar o seu carro em uma ocorrência de trânsito.
Naquele ano ele foi preso por cinco dias após distribuir, em área militar, material de campanha com informações sobre sua candidatura para deputado estadual.
Também se recusou a cumprir ordens de seus comandantes e foi punido após conceder uma entrevista a uma TV Educativa para falar sobre racismo no Exército.
Em 2006, o nome de Ailton apareceu em reportagens dos jornais Folha de S. Paulo, O Globo e da revista Carta Capital que reportaram envolvimento dele em um suposto acordo do Exército para recuperar armas que haviam sido desviadas da Força e foram parar nas mãos de traficantes do Rio de Janeiro.