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Faroeste: STJ decreta prisão preventiva de desembargadora do TJ-BA e mais dois investigados

 

Faroeste: STJ decreta prisão preventiva de desembargadora do TJ-BA e mais dois investigados

A pedido do  Ministério Público Federal (MPF) e para resguardar a ​ordem pública

E a conveniência da instrução criminal, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) decretou a prisão preventiva da desembargadora Sandra Inês Moraes Rusciolelli Azevedo, do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), e dos advogados Vasco Rusciolelli Azevedo, filho dela, e Vanderlei Chilante.

No último dia 20 de março, o ministro Og Fernandes já havia ordenado o afastamento do cargo e a prisão temporária, por cinco dias, da magistrada, além da prisão temporária dos outros dois acusados. Agora, a prisão preventiva é por tempo indeterminado.

Com base em diálogos gravados e apresentados na denúncia do MPF, que mostraram a continuação das atividades da rede criminosa mesmo após a deflagração da Operação Faroeste, o órgão federal fundamentou o pedido de prisão preventiva com indícios da prática habitual e profissional de crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, formação de organização criminosa e venda de sentenças relacionadas a grilagem e disputa de terras no Oeste da Bahia.

Uma ação controlada autorizada pelo STJ e realizada pela Polícia Federal resultou na apreensão de R$ 250 mil em posse de Sandra Inês e Vasco Rusciolelli Azevedo no dia 17 de março, dinheiro que, segundo as investigações, teria sido remetido de Rondonópolis (MT) a Salvador naquela mesma data pelo produtor rural Nelson José Vigolo, representante da Bom Jesus Agropecuária, por meio do advogado da empresa, Vanderlei Chilante.

“Nem com as investigações desnudando o suposto esquema criminoso no Oeste baiano, e com várias medidas cautelares em pleno vigor, os investigados cessaram o curso de suas ações antijurídicas. Por fim, chama a atenção o fato de a ação criminosa não ter se interrompido mesmo durante a pandemia de coronavírus (Covid-19)”, afirmou o ministro do STJ.

A prisão do advogado Vardelei Chilante se deu em caráter domiciliar, em razão de um atestado médico apresentado que afirma que ele manteve contato com paciente suspeito de coronavírus e que deveria ficar em isolamento domiciliar restrito de 17 a 30 de março. De acordo com Og Fernandes, ele deve ser transferido, nesta terça-feira (31), a uma unidade prisional , salvo se houver alteração de quadro clínico.

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