A Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro pretende desmontar os cinco hospitais de campanha construídos para tratamento dos pacientes com covid-19 a partir do dia 5 de agosto.
O anúncio foi feito nesta quarta-feira (29) pelo secretário da pasta, Alex Bousquet. De acordo com ele, os equipamentos disponíveis nos hospitais serão distribuídos tanto para a rede estadual quanto para os municípios.
“Desde o início, o planejamento de leitos extras tinha início, meio e fim. Assim está acontecendo no mundo inteiro, onde dispositivos acessórios e auxiliares aos sistemas locais de saúde estão sendo desmobilizados e não seria diferente conosco”, diz Bousquet.
De acordo com o cronograma divulgado pela Secretaria, no dia 5 de agosto serão desmobilizados os hospitais de Nova Friburgo, Duque de Caxias e Nova Iguaçu.
Os hospitais de campanha do Maracanã e São Gonçalo serão desmontados no dia 12. Para que as datas sejam mantidas é preciso que não haja impedimentos legais. De acordo com o secretário, o governo e a Procuradoria-Geral do Estado trabalham para que haja um alinhamento com as decisões vigentes.
Segundo Bousquet, os materiais dos hospitais de campanha serão destinados a outros hospitais.
“A desmobilização dos hospitais de campanha vai fazer com que nós distribuamos esse material que está ali, que é nosso, não é da organização social responsável pelo contrato. Esse material é nosso e ele vai ser distribuído nos hospitais da nossa rede própria e para os municípios. Fortaleceremos os municípios no combate à pandemia”, afirma.
No estado do Rio de Janeiro estava previsto o funcionamento de sete hospitais de campanha. Dois deles, as unidades de Casimiro de Abreu e Campos dos Goytacazes tiveram a montagem interrompida no início no mês. Os hospitais de Nova Friburgo, Duque de Caxias e Nova Iguaçu, estavam funcionando como retarguarda para o caso de aumento da demanda.
Apenas os hospitais de campanha do Maracanã e São Gonçalo entraram em funcionamento, recebendo pacientes.
Os hospitais foram contratados por R$ 770 milhões junto a organização social Iabas. As negociações foram feitas sem licitação e estão sob investigação. O contrato está sob intervenção da Fundação Estadual de Saúde desde o início de junho.
Segundo a Secretaria, do total firmado, o Iabas recebeu R$ 256 milhões. O valor repassado já seria, segundo a Secretaria, suficiente para a desmontagem.
Com informações, Agência Brasil.
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