Ideia do governo é substituir modelo atual, com o cartão exclusivo SUBE, por um aberto, que aceite pagamento por qualquer tipo de cartão físico ou digital, além de smartphones
O governo de Javier Milei prepara mais uma medida de combate ao modelo econômico de serviços estatais subsidiados: anunciou que pretende abrir o mercado dos serviços e pagamento de transporte público, popularmente conhecido como SUBE.
Segundo os jornais locais, citando fontes do Ministério dos Transportes, a ideia é adotar uma tecnologia de sistema aberto, em que os aparelhos que ficarão localizados em ônibus e estações deverão aceitar todos os cartões, bancários ou de fintechs, débito, crédito ou pré-pagos. E sem exclusividade, como acontece hoje com o cartão sob o monopólio da Nación Servicios.
Quando adotada, a medida vai favorecer também os turistas nacionais e estrangeiros, que ainda precisam comprar o SUBE para utilizar o transporte público na capital.
Embora tenha havido a confirmação de que um decreto vai autorizar a mudança, especialistas disseram ao meios de comunicação locais que a implementação “levará tempo”, uma vez que será necessário desenvolver um software específico.
Além da simplificação, a medida também tem por objetivo eliminar uma distorção gerada pelo monopólio: hoje, comissão da Nación Servicios é de 7%, enquanto a taxa por transação por cartão de crédito é de cerca de 1,8% e a de cartões de débito está em torno de 0,8%.
Atualmente, só na região metropolitana de Buenos Aires existem quase 350 linhas de ônibus e o sistema contabiliza 400 milhões de passagens que são pagas mensalmente para se utilizar ônibus, trem e metrô.
O SUBE não será extinto, mas vai concorrer com empresas privadas, disse nesta manhã um porta-voz do governo.
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