O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, revelou nesta terça-feira (26) que o governo federal irá implementar a isenção do Imposto de Renda para trabalhadores que recebem até R$ 5 mil por mês. A medida faz parte do compromisso do governo em aliviar a carga tributária para as classes médias e mais baixas, sem prejudicar os cofres públicos.
Como a medida será financiada?
Haddad explicou que a proposta não impactará negativamente as contas públicas, pois será equilibrada com o aumento de impostos para quem possui rendas mais altas. Segundo o ministro, contribuintes que ganham acima de R$ 50 mil por mês passarão a pagar alíquotas maiores.
“Estamos corrigindo uma injustiça histórica. Quem ganha menos terá alívio, enquanto os mais ricos contribuirão um pouco mais para o equilíbrio do país”, afirmou Haddad.
Impacto e detalhes da proposta
- Benefício para quem ganha menos:
- Trabalhadores que recebem até R$ 5 mil mensais deixarão de pagar Imposto de Renda, o que representa um aumento direto na renda disponível.
- Atualmente, a faixa de isenção está limitada a R$ 2.640,00 (2 salários mínimos), após atualização recente.
- Contribuição dos mais ricos:
- A faixa de renda superior a R$ 50 mil será alvo de novas alíquotas progressivas, cuja estrutura ainda será detalhada pelo governo.
- Arrecadação mantida:
- Haddad destacou que a medida está alinhada com a responsabilidade fiscal e não comprometerá o teto de gastos.
Repercussão
A medida foi bem recebida por especialistas em economia, que consideram a isenção de até R$ 5 mil um avanço para a justiça tributária no Brasil. Contudo, a ampliação de impostos para as classes mais altas pode gerar debates.
O governo também pretende enviar a proposta para análise do Congresso Nacional, com previsão de votação ainda no início de 2025, garantindo tempo para ajustes no Orçamento.
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