Na sexta-feira, Lula admitiu na última sexta-feira (27), que o governo “dificilmente chegará à meta zero”
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, não respondeu novamente nesta terça-feira, 31, sobre eventual alteração na meta fiscal do ano que vem. Na segunda-feira (30), durante entrevista coletiva, ele tergiversou sobre o assunto, e, nesta terça, após ser questionado de novo por jornalistas, também evitou responder. Em vez disso, comentou sobre sua reação às perguntas feitas na segunda-feira.
“Eu não fiquei bravo, mas a jornalista me fez uma pergunta muito dura de uma maneira que eu não esperava. Se me perguntarem com educação, eu vou responder com educação”, disse Haddad.
Perguntado sobre alteração na meta, o ministro não respondeu e seguiu rumo ao Planalto.
A reunião que Haddad participa no Planalto tem a meta fiscal como tema. Estão no encontro o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e líderes de partidos da base da Câmara, que foram convocados ainda na segunda-feira para o encontro.
No fim de agosto, o governo apresentou o projeto de lei orçamentária de 2024 ao Congresso. A peça prevê superávit de R$ 2,8 bilhões em 2024 (0% do PIB), mas depende da arrecadação de R$ 168,5 bilhões em medidas extras, entregues ao Parlamento junto com o Orçamento.
Apesar do reiterado compromisso de Haddad com o resultado fiscal equilibrado em 2024, Lula admitiu na última sexta-feira (27), que o governo “dificilmente chegará à meta zero”, até porque o chefe do Executivo “não quer fazer cortes em investimentos e obras”.
Na segunda-feira, 30, Haddad convocou coletiva de imprensa para apresentar os novos indicados à diretoria do Banco Central e foi insistentemente questionado pelos jornalistas sobre a manutenção da meta zero em 2024, mas tergiversou. “A ‘minha meta’ está mantida para buscar equilíbrio fiscal de todas as formas justas e necessárias para que tenhamos um País melhor”, respondeu, antes de deixar o auditório da Pasta enquanto ainda era questionado pelos jornalistas.
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