Lula Reage às Declarações de Kassab e Sai em Defesa de Haddad: “Foi Muito Injusto”
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) rebateu nesta quinta-feira (30) as críticas feitas pelo presidente do PSD, Gilberto Kassab, ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Durante entrevista coletiva, Lula afirmou que Kassab foi “muito injusto” ao classificar Haddad como um ministro “fraco” que não consegue se impor dentro do governo.
As críticas de Kassab
A polêmica teve início quando Kassab, em um evento do mercado financeiro em São Paulo, sugeriu que Haddad tem dificuldade de liderar a economia e que um ministro da Fazenda fraco “é sempre um péssimo indicativo”. O presidente do PSD também fez uma comparação indireta entre Lula e Dilma Rousseff, afirmando que Dilma “não foi bem” porque queria comandar a economia e insinuando que Lula enfrenta o mesmo dilema com Haddad.
Lula defende conquistas de Haddad
O presidente não deixou as críticas sem resposta e destacou a importância de Haddad para algumas das principais vitórias do governo até o momento. Ele citou dois exemplos:
- PEC da Transição (2022): Segundo Lula, Haddad foi fundamental para garantir que o novo governo tivesse recursos suficientes para cumprir suas obrigações logo no primeiro ano de mandato, mesmo sem maioria na Câmara dos Deputados.
- Reforma Tributária: O presidente também lembrou que a aprovação da reforma, que estava emperrada no Congresso há 20 anos, só foi possível graças à articulação do ministro, em um ambiente democrático e com apoio de diversos setores da sociedade.
Kassab e o PSD: Relação com o governo
As declarações de Kassab não foram bem recebidas no Planalto, especialmente porque o PSD faz parte da base de apoio do governo Lula. O partido tem ocupado espaços importantes na administração federal e mantém uma postura de diálogo com o governo, mas o episódio pode sinalizar um distanciamento em pautas econômicas.
Haddad fragilizado?
Apesar das críticas de Kassab, Haddad segue tendo a confiança de Lula e demonstrando resiliência diante das pressões políticas. No entanto, o embate expõe as dificuldades internas do governo em manter sua base política coesa, especialmente quando se trata de temas econômicos.