Liberdade Provisória Sob Restrições Rigorosas
O tenente-coronel Mauro Cid teve sua liberdade provisória concedida no último sábado, mas com uma série de restrições impostas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, estava detido no contexto de uma investigação e agora enfrentará medidas rigorosas enquanto aguarda o desdobramento do processo.
As condições para a liberação de Mauro Cid incluem o uso de tornozeleira eletrônica, a proibição de sair de casa durante a noite e nos finais de semana, a necessidade de se apresentar perante o Juízo semanalmente às segundas-feiras e a proibição de deixar o país, com o cancelamento de seus passaportes e vistos.
Além disso, o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro está proibido de utilizar redes sociais, comunicar-se com os demais investigados e foi afastado de suas funções no Exército. Essas medidas são aplicadas visando garantir que ele não interfira na investigação em curso e que permaneça à disposição das autoridades.
A liberação de Mauro Cid coincide com a homologação de sua delação premiada por parte do ministro Alexandre de Moraes. A delação premiada é um instrumento jurídico relativamente recente no Brasil, regulamentado em 2013, que permite que um suspeito ou réu colabore com as autoridades revelando informações sobre crimes e criminosos em troca de benefícios legais.
No caso da delação de Mauro Cid, ele prestou depoimento à Polícia Federal por mais de dez horas no final de agosto, colaborando com informações sobre alegados crimes e infrações cometidos durante sua proximidade com o ex-presidente Bolsonaro.
A delação premiada pode resultar em benefícios para o colaborador, como a redução de pena ou o perdão judicial, dependendo da relevância das informações fornecidas e da eficácia de sua colaboração para as investigações em curso. Portanto, o desdobramento desse caso continua a ser acompanhado de perto pela opinião pública e pelo sistema judicial brasileiro.
“Braço direito do ex-presidente, Cid estava preso desde maio. Além do caso das joias, o tenente-coronel está envolvido em uma série de denúncias envolvendo o ex-presidente, como a organização dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro e uma suposta trama para um golpe de Estado após as eleições do ano passado.”
A defesa de Mauro Cid
O advogado Cezar Bitencourt, que defende o tenente-coronel Mauro Cid na Justiça, afirmou a jornalistas que o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) assumiu toda culpa pela venda das joias. A defesa do militar afirmou que Cid não acusou o ex-presidente de corrupção.
Bittencourt, que vem dividindo opiniões sobre a estratégia na defesa de Cid, encaminhou para jornalistas explicações sobre o longo depoimento do tenente-coronel à Polícia Federal.
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