Luciane Barbosa Farias, esposa de chefe de facção no Amazonas, teve despesas de viagem pagas pelo Ministério para participar de encontro contra a tortura.
O Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania se viu no centro de uma controvérsia ao financiar a viagem de Luciane Barbosa Farias, conhecida como a “dama do tráfico” e esposa de um chefe de facção no Amazonas, para uma conferência em Brasília. Conforme noticiado pelo Globo, o Ministério cobriu as despesas de passagens aéreas e diárias de Luciane para sua participação no Encontro de Comitês e Mecanismos de Prevenção e Combate à Tortura, realizado nos dias 6 e 7 de novembro.
O valor total gasto para a viagem de Luciane foi de R$ 5.909,07, com a maior parte, R$ 4.861,22, destinada ao custeio das passagens aéreas entre Brasília e Manaus. Além disso, R$ 1.047,85 foram destinados para cobrir três diárias. Esses detalhes financeiros foram obtidos do Painel de Viagens mantido pelo governo federal.
A indicação de Luciane para o evento veio do Comitê Estadual de Prevenção e Combate à Tortura do Amazonas (CEPCT-AM), que a escolheu como representante local. O Ministério dos Direitos Humanos justificou o pagamento, destacando que, apesar de os fundos para os voos e diárias terem vindo de seu orçamento, os comitês estaduais possuem autonomia administrativa e orçamentária.
Este caso gerou polêmica e questionamentos sobre os critérios de seleção para participação em eventos financiados por recursos públicos, especialmente quando envolvem figuras controversas como Luciane Barbosa Farias. Além disso, levanta discussões sobre a responsabilidade e a transparência no uso de verbas públicas para tais finalidades.
O Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, bem como o CEPCT-AM, estão sendo questionados sobre os procedimentos adotados para a seleção de participantes em eventos financiados pelo governo. Enquanto isso, a comunidade espera esclarecimentos e possíveis revisões nas políticas de financiamento para garantir a adequação e a justiça no uso de recursos públicos.