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(FILES) Argentine Economy Minister Sergio Massa gestures during a press conference to announce the balance of economic measures for the agro-export sector at the Economy Ministry headquarters in Buenos Aires on September 30, 2022. Economy Minister Sergio Massa will be Argentina's presidential candidate for the ruling center-left Peronism, announced on June 23, 2023, his coalition "Union por la Patria", which achieved a unity formula almost 24 hours before the closing of registrations. Massa will be accompanied by Agustin Rossi, President Alberto Fernandez's cabinet chief, as a vice presidential candidate, the alliance announced in a message on Twitter. With this formula, the nominations of the ambassador to Brazil, Daniel Scioli, or the Minister of the Interior, Eduardo "Wado" de Pedro, are ruled out. (Photo by Luis ROBAYO / AFP)

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Ministro da Economia tenta conduzir peronistas para vitória improvável nas eleições da Argentina

 

Por Nicolás Misculin

BUENOS AIRES (Reuters) – O ministro da Economia da Argentina, Sergio Massa, é um herói improvável para o partido peronista. Sob sua supervisão, a inflação subiu para 116%, a taxa de pobreza atingiu 40%, as reservas em dólares secaram, a dívida aumentou e o peso caiu para mínimas recordes.

Mas o advogado de 51 anos, um político negociador, conseguiu neutralizar lutas internas e oposição dentro da coalizão de esquerda e ganhar apoio como candidato da unidade para liderá-la nas eleições de outubro.

Os peronistas, combalidos apenas alguns meses atrás, agora têm uma chance de vencer. Massa, um centrista pragmático, é o candidato mais popular nas pesquisas, embora no geral fique atrás da oposição de centro-direita antes das primárias de domingo, que fornecerão um panorama sobre o sentimento dos eleitores.

“Massa não é o candidato ideal, mas uma boia no meio do naufrágio”, disse o analista político Andrés Malamud. Ele acrescentou que os peronistas foram forçados a apoiar um centrista em vez de um candidato de esquerda para evitar ser empurrados para o terceiro lugar.

Massa é o claro favorito para liderar a coalizão Unión por la Patria nas eleições de outubro, depois de derrotar a candidatura de um rival mais de esquerda aliado à poderosa, mas polarizadora, ​​vice-presidente Cristina Kirchner, em junho.

Mesmo que vença, Massa precisará conter os aumentos de preços, reconstruir as reservas em moeda estrangeira que muitos estimam estarem em território negativo, trabalhar em um acordo de dívida de 44 bilhões de dólares com o Fundo Monetário Internacional e evitar novos calotes.

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Massa está entre a cruz e a espada. A esquerda o critica pelos cortes nos gastos sociais, enquanto os conservadores dizem que ele não está fazendo o suficiente para reduzir o déficit fiscal.

 

Apesar de um relacionamento misto com a poderosa ala esquerda dos peronistas, Massa usou suas habilidades de negociação e amplas redes para convencer a coalizão de que ele era a melhor chance de o bloco governista evitar a derrota e atrair os eleitores moderados.

“Ele é uma pessoa que trabalha muito na construção de relacionamentos. Ele não fala apenas com seu próprio povo, mas também com aqueles que pensam diferente, ele fala com praticamente toda a oposição”, disse um assessor de Massa por cerca de duas décadas.

Ele se orgulha de ser pragmático, resolver problemas.

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