Política

Pedido de impeachment de Lula tem mais assinaturas do que os que derrubaram Dilma e Collor

 

Requerimento contra Dilma teve 47 assinaturas em 2016, enquanto o de Collor, em 1992, 18; especialistas afirmam que adesão não é significante para abertura do processo de impeachment.

O pedido de impeachment do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), protocolado nesta quinta-feira, 22, tem mais assinaturas do que os requerimentos que derrubaram do poder de Fernando Collor e Dilma Rousseff. Os dois ex-presidentes foram os únicos que tiveram impedimento da continuidade do mandato pelo Congresso Nacional desde a promulgação da Constituição Federal de 1988.

O processo teve uma rápida tramitação na Câmara e, já no dia 29 de setembro, a Casa aprovou a abertura do processo de impeachment por 441 votos a favor e 38 contra. Em 29 de dezembro, Collor renunciou ao cargo de presidente da República para tentar evitar o impeachment e a perda dos direitos políticos no Senado. Mas por 76 votos a três, perdeu o mandato e foi declarado inelegível a cargos políticos por oito anos.

O pedido de impeachment contra Lula protocolado nesta quinta também supera o número de assinaturas que teve o requerimento de afastamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) com maior adesão. Protocolado em 30 de agosto de 2021, foi assinado por 46 parlamentares, entidades representativas da sociedade e personalidades.

O “superpedido” denunciava o ex-presidente por omissões e erros no combate à pandemia de covid-19 e por atentar contra o livre exercício dos Três Poderes. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), não deu prosseguimento ao requerimento.

Número de assinaturas não influencia abertura do processo

Especialistas ouvidos pelo Estadão explicam que número de assinaturas em um pedido de impeachment não influencia a abertura do processo. O número de signatários, no caso de Lula, mais evidencia uma articulação e um fortalecimento da oposição ao governo federal do que uma possibilidade de afastar o petista por crimes de responsabilidade, avaliam.

O primeiro passo para a abertura de um processo de cassação de mandato do presidente da República depende do presidente da Câmara, que pode dar prosseguimento ou não ao requerimento. A tendência, como mostrou a Coluna do Estadão, é que Lira deixe o documento na gaveta. Além disso, um contexto de convulsão social, crise econômica e baixa governabilidade torna um processo de impeachment “viável”. Foram esses fatores que derrubaram Dilma e Collor, conforme os analistas.

Propaganda. Role para continuar lendo.

Confira Também

Bahia

 ACB e Assembleia Legislativa da Bahia decretam luto oficial de três dias Marcos Cidreira, ex-deputado estadual da Bahia e atual vice-presidente da Associação Comercial...

Bahia

 Holanda busca vaga nas quartas de final, enquanto Bósnia cumpre tabela na Liga das Nações Nesta terça-feira (19), às 16h45 (horário de Brasília), a...

Bahia

 Confronto decisivo: Bolívia tenta reagir enquanto Paraguai busca se manter na zona de classificação para a Copa do Mundo Bolívia e Paraguai se enfrentam...

Bahia

 SPVAT substituirá o DPVAT e promete proteção para vítimas de acidentes de trânsito; valores ainda serão definidos Após quatro anos suspenso, o seguro obrigatório...

Bahia

 Comunidade do Esporte Clube Vitória Lamenta Perda do Jovem Designer, Filipe Silva, Vítima de Câncer de Pulmão O Esporte Clube Vitória está em luto...

Bahia

 CBF Anuncia Calendário do Brasileirão 2025 com Novidades e Maior Duração para Adequação ao Mundial de Clubes A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) divulgou...

Bahia

 Superior Tribunal de Justiça Autoriza Cultivo de Cannabis para Fins Medicinais e Define Prazo para Regulamentação Em uma decisão histórica, a Primeira Seção do...

Direito autoral © 2022 Noticiatem.com feito por Sbfagencia.com

Sair da versão mobile