Em um contraste marcante com o processo de escolha do novo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores (PT), está adotando uma abordagem mais inclusiva e voltada para minorias em relação às nomeações para o Supremo Tribunal de Justiça (STJ), de acordo com informações da coluna da jornalista Carolina Brígido, veiculada no portal UOL.
Diferentemente da escolha anterior, em que o presidente optou por um homem branco paulista para a primeira vaga aberta no STF, Lula está planejando levar em consideração critérios como o estado de origem e o gênero dos candidatos ao nomear os ocupantes das três cadeiras atualmente disponíveis no STJ.
O processo de nomeação para o STJ é estruturado de forma distinta. Das três vagas disponíveis, duas são destinadas a juízes estaduais e a terceira é reservada para a advocacia. A corte irá enviar uma lista com quatro candidatos para as vagas da magistratura, enquanto a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) vai elaborar uma lista tríplice para a vaga destinada à advocacia.
As listas, que estarão prontas para votação no dia 23 deste mês, precedem a decisão final do presidente Lula sobre os novos ministros do STJ. O governo já está em processo de articulação, avaliando os nomes que devem integrar as listas do STJ.
Uma figura proeminente entre os possíveis candidatos é a advogada Daniela Teixeira, que possui aliados no PT. Caso ela esteja na lista dos advogados, Daniela é considerada a favorita para receber a nomeação de Lula para o STJ.
No que diz respeito aos juízes estaduais, uma disputa interna no PT está em andamento. O senador Jaques Wagner defende o nome do desembargador Maurício Kertzman, enquanto o ministro da Casa Civil, Rui Costa, deseja promover o desembargador Roberto Maynard Frank, que atualmente preside o Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA).
A decisão do presidente Lula de adotar uma abordagem mais inclusiva nas nomeações para o STJ reflete um esforço para representar melhor a diversidade do país e contemplar minorias, como uma medida significativa para promover a igualdade e a justiça dentro do sistema judiciário brasileiro.