A decisão do governo federal de prorrogar o auxílio emergencial até o fim do ano diminuindo o repasse de R$ 600 para R$ 300, além de outras medidas, foi alvo de críticas da oposição. O Partido dos Trabalhadores de Salvador classificou ações como “mais miséria”.
O anúncio da prorrogação foi feito na manhã desta terça-feira (1), após o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) se reunir no Palácio da Alvorada com líderes e presidentes de partidos do Centrão. No fim de semana, o presidente sinalizou que iria prorrogar o auxílio até o final de 2020, mas não falou sobre valores.
Para Ademário Costa, presidente do PT Salvador, Bolsonaro é incapaz de propor e realizar políticas sociais. O pagamento do auxílio durante o período da pandemia turbinou a popularidade do presidente, sobretudo nas camadas mais pobres e na região Nordeste, grande base de apoio da oposição.
“O plano de Bolsonaro é na realidade um plano miséria, pois enfraquece a economia diminuindo o poder de compra das camadas mais pobres da sociedade. Tudo isso porque ele é refém da política neoliberal, privatista e fiscalista o que inviabiliza totalmente seu governo de priorizar políticas sociais. Apenas o PT consegue romper esse aprisionamento do Estado, colocando-o como indutor a sociedade.”, destacou Costa.
A proposta do governo que prevê que o piso salarial fique em R$ 1.067, o que corresponde uma alta de 2,09%, também foi criticada pelo PT. O valor é menor que os R$ 1.079 que chegaram a ser previstos no projeto de lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).
“Corrigir o salário mínimo apenas pela inflação significa que não há ganho real. Bolsonaro mudou a política de aumentos reais acima da inflação proposta pela presidente Dilma Rousseff. Sabemos que a alta real no valor do salário mínimo, acima do INPC, precisa ser compensada com a redução de outras despesas públicas, ou seja, dessa forma outras ações e políticas de governo ficam já comprometidas para equilibrar as contas”, completou o presidente do PT Salvador.
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