Empresa propõe ponte provisória para acelerar obras e reduzir custos; ministro da Casa Civil demonstra apoio à inovação técnica
Durante a cerimônia de autorização do edital para ampliação do metrô de Salvador, realizada na manhã desta segunda-feira (9), o ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), falou sobre um dos projetos de infraestrutura mais aguardados da Bahia: a ponte Salvador-Itaparica.
O tema voltou à tona após a empresa responsável pela obra apresentar um projeto “ousado”, que inclui a construção de uma ponte provisória paralela à ponte definitiva. A estrutura temporária seria usada para transporte de equipamentos e veículos pesados, agilizando a execução da ponte principal e reduzindo a dependência de balsas e embarcações.
“Eles apresentaram uma tecnologia que, ao invés de utilizar tantas embarcações — que têm um custo muito elevado — propõe construir uma ponte paralela provisória, por onde caminhões, carros e vários equipamentos passariam. Isso facilitaria muito a obra”, explicou Rui Costa.
Ponte provisória pode acelerar cronograma e reduzir custos
O modelo apresentado pela empresa responsável pela obra ainda está em análise técnica. Segundo Rui Costa, o Governo Federal e o Governo da Bahia aguardam mais detalhes do projeto para oficializar o apoio. No entanto, o ministro sinalizou entusiasmo com a proposta, especialmente diante do impacto positivo que ela pode ter nos prazos e no orçamento.
“Eles estão refinando isso e nós sinalizamos que toda tecnologia é possível. Eles têm que apresentar detalhes, mas se for para encurtar prazos e reduzir custos, está ótimo. Nós queremos custo mais barato e tempo mais rápido”, afirmou.
A ponte Salvador-Itaparica é uma das obras de infraestrutura mais emblemáticas do estado e tem sido debatida há mais de uma década. A proposta atual prevê uma extensão de cerca de 12,4 km, ligando diretamente a capital baiana à Ilha de Itaparica, com grande impacto para o turismo, mobilidade e desenvolvimento do Recôncavo Baiano.
Histórico e importância do projeto Salvador-Itaparica
A ponte Salvador-Itaparica tem como objetivo transformar a logística de transporte entre o litoral e o interior do estado. Hoje, a travessia é feita por balsas ou por longos trajetos rodoviários. A expectativa é que a obra reduza em mais de 100 km o trajeto rodoviário entre Salvador e o sul da Bahia, impulsionando o comércio, o turismo e a integração regional.
O projeto está orçado em mais de R$ 12 bilhões e será executado sob um modelo de Parceria Público-Privada (PPP). A construção está sob responsabilidade de um consórcio liderado por uma empresa chinesa, e o início efetivo das obras tem sido constantemente adiado por questões técnicas, ambientais e jurídicas.
Com a nova proposta, o consórcio pretende dar um salto no cronograma e evitar o gargalo logístico que envolve a mobilização de maquinário e materiais pesados por via marítima.
Obra emblemática do PAC e vitrine para inovação
A ponte Salvador-Itaparica integra o novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), lançado pelo Governo Federal como carro-chefe da retomada de grandes obras de infraestrutura no país. Rui Costa, que já foi governador da Bahia e atualmente chefia a Casa Civil, tem papel central na articulação entre estados, ministérios e empresas envolvidas nos projetos.
A adoção de soluções como a ponte provisória paralela pode tornar a obra um modelo de inovação logística e engenharia civil, servindo de exemplo para outros empreendimentos de grande porte no Brasil.
Expectativa por mais detalhes técnicos
Apesar da empolgação inicial, Rui Costa reforçou que a decisão final depende da análise detalhada do projeto executivo e da viabilidade técnica, ambiental e econômica da ponte provisória. A transparência e a responsabilidade fiscal também são pontos-chave nesse processo.
“Não vamos abrir mão de rigor técnico, mas toda solução que torne a obra mais barata e rápida será muito bem-vinda. O importante é sair do papel e beneficiar o povo baiano”, concluiu o ministro.
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