O governador Rui Costa (PT), defendeu a aliança com partidos opositores, a exemplo do DEM e PSDB, para as eleições de 2022, se for para combater os “atos de truculência” do atual presidente Jair Bolsonaro. Em entrevista ao O Globo, o governador da Bahia defendeu a união dos partidos para “mudar o rumo do país”.
“Todos têm que colocar a sua vaidade pessoal, sua vaidade partidária, um degrau abaixo do interesse da nação, do Brasil. Acho que todos devem se unir. No estilo da eleição americana, temos que demonstrar quanto está sendo ruim, quanto será desastroso para o Brasil se nós não mudarmos o rumo do país”, disse, ao jornal, em entrevista publicada nesta terça (25).
O petista é visto como nome do partido para disputar a presidência da República. Segundo ele, a união deve ser em torno do conteúdo de ideia e não em um nome específico. “ Nós venceremos pelo conteúdo e não pela bravata. Durante o ano de 2021, o conjunto de partidos de diferentes cores, do centro à esquerda, deve se reunir, e quando se aproximar da eleição a gente entra no debate de perfis, de nomes, de condições de vitória, de análise disso. E afunilar se não construir exatamente uma, podemos ter duas candidaturas ou três”.
Ao ser questionado se isso envolveria partidos de direta, Rui enfatizou “eu diria que todo mundo que não tiver corroborando com esse governo, com seus atos de truculência”. Sobre uma possível chapa com o DEM, PSDB, PT e PSB , Rui Costa disse que vai sentar com todos eles e conversar. “Nós vamos chamar. Quantos temas nós já chegamos e já discutimos com o (João) Doria (PSDB), com o Eduardo Leite (PSDB), do Rio Grande Sul . Não tenho nenhum problema em sentar com eles e conversar sobre pilares necessários à nação brasileira, o futuro deste país. Democracia, transformação política e social você só faz com diálogo e com entendimento de conteúdo, de projeto. Se não você vai ficar eternamente refém de bancadas do “toma lá da cá”. Como hoje o governo federal, está fazendo. Criticava tanto e está fazendo. Não vejo nenhum problema em sentar com Doria, com Eduardo Leite. No futuro, é possível construir um só nome? Não é possível, então vamos de dois, vamos de três com o compromisso de quem tiver o maior reconhecimento popular e comporá uma coalizão para governar. E se não for possível no primeiro, que se faça (aliança) envolvendo eventualmente no segundo turno. Defendo esse diálogo. Acho que isso é algo didático que a população vai atender e nós vamos mostrar coesão, unidade”.
Em Salvador, o principal nome de oposição ao PT é do prefeito da capital e atual presidente do DEM, ACM Neto.
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