A chegada do jornalista português Sérgio Tavares ao Brasil para cobrir o ato político convocado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro foi marcada por uma detenção pela Polícia Federal no Aeroporto de Guarulhos.
❗️🇧🇷ULTIMA HORA❗️
Estou RETIDO no AEROPORTO de São Paulo, todos os passageiros tiveram autorização para sair, menos eu. A POLÍCIA FEDERAL tem o meu passaporte retido e dizem-me que o superior me quer fazer questões.
São Paulo, Brasil, 8.08 da manhã pic.twitter.com/hQ5tkAQgli— Canal Sergio Tavares (@NoticiasTavares) February 25, 2024
O incidente gerou polêmica, com Tavares afirmando ter sido interrogado e retido, enquanto as autoridades justificam a detenção com base em requisitos de visto de trabalho.
Sérgio Tavares, jornalista português conhecido por suas reportagens, foi detido pela Polícia Federal neste domingo, 25 de fevereiro, ao desembarcar no Aeroporto de Guarulhos. Sua intenção era cobrir o ato político convocado por Jair Bolsonaro na Avenida Paulista, entretanto, foi barrado pela PF.
Em publicações nas redes sociais, Tavares relatou ter sido conduzido para interrogatório em uma delegacia de São Paulo e afirmou ter se mantido em silêncio durante o processo. Ele enfatizou sua intenção de documentar o evento para divulgação internacional, mas foi impedido de prosseguir.
Segundo a Polícia Federal, a detenção de Tavares se deu pela falta de apresentação de um visto de trabalho, necessário para realizar cobertura jornalística no país. A PF também mencionou que Tavares havia publicado em suas redes sociais declarações críticas sobre a democracia brasileira, o que levantou preocupações adicionais sobre sua entrada no país.
Em meio à controvérsia, a PF divulgou uma nota esclarecendo sua posição, destacando que medidas semelhantes são adotadas regularmente em aeroportos internacionais para avaliar a situação dos estrangeiros que chegam ao país. Alegações de restrições injustas e controvérsias sobre liberdade de imprensa surgiram em decorrência do incidente.
A detenção do jornalista português Sérgio Tavares pela Polícia Federal antes do ato político de Bolsonaro na Avenida Paulista levantou questões sobre liberdade de imprensa e requisitos de visto para jornalistas estrangeiros. Enquanto as autoridades defendem a legalidade de suas ações, críticos expressam preocupação com possíveis restrições à cobertura jornalística independente. O desenrolar desse episódio certamente continuará gerando debate e acompanhamento por parte da comunidade internacional e dos defensores da liberdade de expressão.
Nota da PF
“Em relação ao vídeo que circula em redes sociais de um cidadão português alegando que foi indevidamente impedido de entrar no Brasil, a Polícia Federal informa que tal alegação é falsa.
A PF está conduzindo o procedimento padrão para avaliar a situação do indivíduo, verificando se ele está no país a turismo ou a trabalho e por quanto tempo pretende permanecer no país, seguindo o protocolo regular de admissão de estrangeiros. Tal indivíduo teria publicado em suas redes sociais que viria ao país para fazer a cobertura fotográfica de um evento. Todavia, para isso, é necessário um visto de trabalho, o que ele não apresentou.
Além disso, o estrangeiro foi indagado sobre comentários que fez sobre a democracia no Brasil, afirmando que o pais vive um “ditadura do Judiciário”, além de outras afirmações na mesma linha, postadas em suas redes sociais.
Vale ressaltar que as mesmas medidas são adotadas por padrão na grande maioria dos aeroportos internacionais.”