O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) condenou um ativista da causa animal que ofendeu na internet a filha do chef Henrique Fogaça a um ano, 11 meses e 10 dias de reclusão, mas a pena foi substituída por prestação de serviços à comunidade e o pagamento de um salário mínimo. Terá ainda de pagar uma multa de R$ 3.960. O ativista, que já tinha sido condenado em primeira instância, pode recorrer da decisão. As informações são do colunista Rogério Gentile, do Uol.
Em novembro de 2014, após saber que o programa “Masterchef”, da Band, exibiria uma prova envolvendo caranguejos, o ativista escreveu que Fogaça deveria esfolar a filha, portadora de necessidades especiais, em vez de ferver animais vivos. No post, ele fez referências discriminatórias à menina.
De acordo com a reportagem, o desembargador Vico Manãs disse que os termos utilizados pelo ativista para se referir à garota, à época com 8 anos, foram abjetos, e o desembargador Amable Soto declarou que a conduta “afronta diretamente o princípio da dignidade da pessoa humana”.
Ainda segundo a coluna, na petição encaminhada à Justiça, o ativista afirmou que não teve a intenção de ofender a garota e que, sabedor da “capacidade elevada dos animais”, comparou a menina aos porcos e aos caranguejos com o “intuito de destacar que esses seres também têm consciência e sentimentos”. Disse também não se arrepender do que fez e que não quis “diminuir” a garota, “já que porcos são animais muito inteligentes”.