Cresceu internamente no Republicanos a ala daqueles que defendem uma postura mais firme da legenda nas tratativas sobre a composição de chapa para disputar a prefeitura de Salvador. Interlocutores revelam que não está descartada a possibilidade de o partido deixar a base do prefeito ACM Neto caso não seja atendido no seu pedido pela vice do pré-candidato Bruno Reis (DEM).
Isso porque a sigla dos bispos não quer tomar um novo by-pass, como ocorreu em 2016 na indicação do vice para a reeleição de Neto e em 2018 quando não conseguiu emplacar nenhum nome na majoritária.
As opções colocadas na mesa até então apontam para uma eventual candidatura própria, levando consigo o bloco de partidos aliados (MDB, SD, PTB, PSC) – que é capitaneado pelo presidente da Câmara de Vereadores, Geraldo Júnior (MDB) -, ou até para uma mudança mais acentuada de migrar para a base do governador Rui Costa (PT).
A reportagem apurou que o petista ainda não fez nenhum aceno aos bispos, mas emissários do Executivo estadual iniciaram sondagens sobre o ânimo do Republicanos em trocar o Thomé de Souza pelo Palácio de Ondina.
Pensando em 2022, o governo está de olho na fatia segmentada de votos que a sigla consegue administrar a partir da interação com fiéis da Igreja Universal do Reino de Deus espalhadas por todo o estado, estimada em quase 20% do eleitorado baiano.
Nesse sentido, muitos republicanos avaliam que o volume de votos sofreria pouca variação se eles fossem às urnas desacompanhados de Neto e Bruno. “O que prende o Republicanos a Neto?”, questiona uma fonte.
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