A estreia da série “Senna”, da Netflix, colocou novamente os holofotes sobre um dos debates mais emblemáticos da vida pessoal do tricampeão mundial de Fórmula 1: quem foi o grande amor de Ayrton Senna? O destaque dado à apresentadora Xuxa Meneghel, em detrimento de Adriane Galisteu, trouxe à tona um assunto que gera discussões desde a morte do piloto em 1994.
Família Senna e o controle sobre a narrativa
Produzida com o apoio da família Senna, a série de seis episódios enfatiza a relação de Ayrton com Xuxa e praticamente ignora Adriane Galisteu, que namorava o piloto na época de sua morte. A decisão editorial reflete não apenas uma questão de preferência familiar, mas também um histórico de desentendimentos entre os parentes de Senna e Adriane.
Viviane Senna, irmã do piloto, já comentou publicamente sobre o motivo de manter distância de Galisteu, mencionando conflitos que, segundo ela, teriam afetado a família. Em uma entrevista de 1994 ao jornal Paris Match, Viviane declarou:
“Se ela precisa de dinheiro, deveria trabalhar, como todo mundo, e parar de explorar a imagem de um morto. Não posso evocar os problemas que essa moça causou à nossa família… Se o fizesse, exporia certos aspectos da vida privada de Adriane. E eu não tenho esse direito.”
O amor de Senna: Xuxa ou Galisteu?
Senna teve um relacionamento marcante com Xuxa no final dos anos 1980, sendo considerado por muitos como um casal perfeito da época. Apesar do término, a apresentadora era vista como uma figura querida pela família do piloto e esteve presente no velório, sendo tratada como “viúva” por diversos veículos de imprensa.
Adriane Galisteu, por outro lado, viveu com Senna nos meses que antecederam sua morte. Em seu livro “Caminho das Borboletas”, a apresentadora descreve os momentos íntimos que compartilhou com o piloto, destacando a importância do relacionamento em sua vida.
Ainda assim, para os familiares, Xuxa é lembrada como o amor mais significativo de Ayrton, decisão que se reflete na produção da Netflix.
Mais do que uma disputa entre Xuxa e Galisteu, o debate reflete como as narrativas públicas e privadas se misturam na construção do legado de ícones como Ayrton Senna. Enquanto a série “Senna” apresenta uma visão alinhada à família, a história do piloto continua a despertar emoções e discussões sobre sua vida pessoal e legado.