Durante muito tempo escanteadas nos bastidores da cobertura esportiva, as mulheres vêm conquistando, com talento e coragem, um protagonismo histórico no jornalismo esportivo brasileiro. De repórteres de campo a comentaristas e apresentadoras de grandes programas, elas não apenas ocupam espaços — elas os dominam.
De Regiane Ritter, pioneira nas rádios paulistas, até ícones como Glenda Kozlowski, Mylena Ciribelli, Paloma Tocci, Renata Silveira, Ana Thaís Matos e Mariana Becker, a presença feminina na TV esportiva já é equivalente à masculina em número e, muitas vezes, em prestígio e audiência.
✊ Uma virada histórica e merecida
A transformação não aconteceu por acaso. Ela é fruto de anos de insistência, resistência e, claro, excelência profissional. Mulheres como Carol Barcellos, Babi Micheletto, Mariana Spinelli, Letícia Pinho, Camilla Garcia, Luciana Mariano e tantas outras enfrentaram ambientes hostis, comentários machistas e desafios dobrados para se firmarem no meio.
Hoje, muitas delas não apenas atuam em frente às câmeras, mas assumem cargos de chefia, definem pautas, opinam com autoridade e conquistam prêmios. A prova disso está na CazéTV, que escalou Bárbara Coelho como âncora de sua cobertura da Copa do Mundo de Clubes, diretamente de Nova York.
“Elas não pediram licença, elas abriram caminho com competência e paixão pelo esporte”, resume um executivo de uma grande emissora.
📉 Resistência ainda existe, mas está em xeque
Apesar dos avanços, ainda existem vozes contrárias à presença feminina em narrações e comentários esportivos — geralmente associadas a uma parcela conservadora do público. Porém, essas vozes estão perdendo força diante da resposta clara das audiências e da qualidade inegável do trabalho das jornalistas.
👊 Mais do que representatividade: referência
A nova geração de meninas já cresce com referências visíveis na tela. Ver uma mulher narrando gols, analisando táticas ou cobrindo grandes eventos esportivos não é mais exceção — é rotina. E isso tem um poder transformador que vai muito além da TV: fortalece o lugar da mulher na sociedade.
