A crescente influência da Inteligência Artificial (IA) na indústria musical tem gerado preocupações entre artistas brasileiros e internacionais. Em resposta a essa tendência, uma coalizão de músicos renomados, incluindo nomes como Stevie Wonder, Bon Jovi e artistas brasileiros como Simone Mendes e Mumuzinho, elaborou um documento internacional exigindo proteção contra o uso predatório de IA na criação e distribuição de conteúdo musical.
A carta, promovida pela Artists Right Alliance (Aliança dos Direitos dos Artistas – ARA), denuncia a ameaça representada pelas ferramentas de IA à criatividade humana e aos direitos dos artistas. Eles argumentam que a IA pode ser usada para roubar vozes e imagens de artistas profissionais, violando seus direitos autorais e prejudicando o ecossistema musical como um todo.
Essa iniciativa surge em meio a meses de denúncias sobre o uso indiscriminado de IA, que tem colocado em risco as obras dos artistas e aberto brechas para fraudes e violações de direitos autorais. O documento, que conta com 247 assinaturas, foi enviado às plataformas de música digital e outros serviços relacionados à música, instando-os a não implementar ferramentas de IA que comprometam a arte humana, ou, caso utilizem, garantam uma remuneração justa e créditos apropriados aos criadores.
Entre os signatários estão alguns dos maiores nomes da música contemporânea, como Billie Eilish, Katy Perry e Sam Smith, juntamente com artistas brasileiros como Felipe Araújo, Lauana Prado e Eli Soares. O objetivo é garantir que os avanços tecnológicos não prejudiquem a integridade artística e os direitos dos artistas, promovendo uma abordagem ética e responsável no uso da IA na indústria musical.
A carta internacional assinada por artistas brasileiros e internacionais reflete a crescente preocupação com o uso indiscriminado de Inteligência Artificial na criação e distribuição de música. Ao exigir proteção contra o uso predatório de IA, os artistas estão defendendo não apenas seus direitos autorais, mas também a integridade criativa e o valor de suas obras em um cenário cada vez mais digitalizado e tecnologicamente avançado.