Beyoncé, uma das maiores estrelas da música mundial, ameaçou emitir uma notificação judicial, conhecida nos Estados Unidos como “cease and desist”, contra a campanha do ex-presidente Donald Trump. O motivo? O uso não autorizado da música “Freedom”, parte do álbum “Lemonade” lançado em 2016, em um vídeo de campanha.
O vídeo, que foi publicado na plataforma X (antigo Twitter) na última terça-feira (20), mostrava Trump desembarcando de seu avião no Michigan ao som da canção de Beyoncé. O vídeo foi postado por Steven Cheung, assessor de campanha de Trump. No entanto, após a ameaça legal e a repercussão negativa, o material foi rapidamente apagado das redes sociais.
“Freedom” não foi escolhida ao acaso. A música, que possui uma forte mensagem de resistência e liberdade, já foi utilizada pela vice-presidente Kamala Harris em diversos comícios, sempre com a devida autorização da cantora. Isso destaca o fato de que Beyoncé, apesar de não endossar oficialmente a campanha de Kamala, já demonstrou apoio ao partido democrata em várias ocasiões, como em 2013, quando cantou o hino nacional na posse de Barack Obama, e em 2020, quando apoiou publicamente a candidatura de Joe Biden.
A situação é ainda mais delicada considerando que Tina Knowles, mãe de Beyoncé, é uma apoiadora declarada de Kamala Harris. Recentemente, Tina postou uma foto ao lado da vice-presidente em seu perfil no Instagram, celebrando a oficialização de sua candidatura.
Este não é o primeiro incidente envolvendo a campanha de Trump e o uso não autorizado de músicas. No início deste mês, Céline Dion criticou a campanha por usar seu hit “My Heart Will Go On” em um comício em Montana, sem permissão. A equipe de gerenciamento da artista e sua gravadora, Sony Music Entertainment Canada Inc., também ameaçaram tomar medidas legais contra a campanha.