Dois brasileiros, Phelipe Ferreira e Luckas Viana, foram vítimas de tráfico humano em Mianmar após serem atraídos por falsas propostas de emprego no exterior. A dupla teve seus documentos confiscados e foi forçada a trabalhar em condições análogas à escravidão. O caso, que expõe os perigos de golpes envolvendo promessas de trabalho internacional, está sendo acompanhado por autoridades brasileiras e internacionais.
A jornada que virou pesadelo
O pesadelo começou quando Phelipe e Luckas aceitaram uma proposta de trabalho que prometia oportunidades financeiras no exterior. Durante o trajeto, Luckas desconfiou do esquema ao perceber que a viagem estava se estendendo além das quatro horas previstas. A situação ficou ainda mais alarmante quando o percurso incluiu travessias por selva, barco e carro, elementos que fugiam completamente do combinado.
Ao chegar em Mianmar, ambos tiveram os documentos retidos e foram forçados a trabalhar em condições precárias, sem possibilidade de fuga.
O apelo das famílias
Em entrevista ao programa “Domingo Espetacular”, o pai de Phelipe fez um apelo emocionado às autoridades brasileiras:
“Meu filho está do outro lado do mundo me pedindo socorro, dizendo: ‘Mande tirar a gente daqui rápido’. Como vou fazer isso sem as autoridades? Estou na mão das autoridades para resgatar você.”
A declaração emocionou espectadores e aumentou a pressão para que ações efetivas sejam tomadas.
Tráfico humano: um problema global em ascensão
Especialistas alertam para a crescente incidência de casos de tráfico humano envolvendo brasileiros atraídos por falsas oportunidades de trabalho no exterior. Segundo eles, é crucial que o Brasil intensifique campanhas de conscientização em aeroportos e em plataformas digitais.
“Uma vez que a vítima embarca, as chances de resgate diminuem drasticamente. É fundamental prevenir antes que essas pessoas sejam levadas”, ressaltou um especialista em direitos humanos.
O que está sendo feito?
As autoridades brasileiras, em cooperação com organismos internacionais, estão trabalhando para localizar e resgatar Phelipe e Luckas. Além disso, o Ministério das Relações Exteriores está em contato com a Embaixada do Brasil na Tailândia, que supervisiona os assuntos em Mianmar, para agilizar a operação.
Como evitar cair em golpes de tráfico humano?
Especialistas sugerem:
- Verificar a idoneidade das ofertas de trabalho. Consulte empresas e empregadores para confirmar a legitimidade.
- Evitar intermediários desconhecidos. Busque informações em órgãos oficiais, como o Itamaraty.
- Desconfiar de viagens longas e itinerários incertos.
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