A briga entre Daniela Mercury e Tony Salles, que se tornou um dos episódios mais comentados do Carnaval de Salvador de 2025, ainda gera repercussão. Em uma entrevista ao portal Uol, a Rainha do Axé voltou a falar sobre o incidente e não poupou críticas ao comportamento do cantor, classificando-o como machista.
“Me posicionar e me impor diante de situações como essa é considerado por muitos como um chilique, um exagero, somente porque sou mulher e LGBT+. Foi violento o que ele fez. Não sei se ele faria com Bell Marques o mesmo”, afirmou Daniela, ao associar a atitude de Tony ao comportamento machista e ao gênero, questionando se ele agiria da mesma forma com um homem, como o cantor Bell Marques.
A cantora lamentou a repercussão do caso, mas reforçou que, para ela, a atitude de Tony foi um ato de violência. “É uma pena que um ato de total desrespeito de um colega comigo tenha chamado tanta atenção nesse Carnaval, que foi espetacular para mim e importante para o gênero. Acho que a violência contra as mulheres é tão naturalizada e banalizada que, mesmo eu tendo total razão, é fácil encontrar um artifício para culpar a vítima e diminuir a importância do fato”, destacou.
O papel de Malu Verçosa e o desabafo sobre as desculpas
Daniela também elogiou o trabalho de sua esposa, Malu Verçosa, jornalista experiente, que assumiu a responsabilidade de esclarecer o ocorrido para o público logo após o episódio. “Sobre essa situação com Tony, se Malu não tivesse esclarecido imediatamente o que aconteceu, a opinião pública estaria me culpando pelo atraso de Tony”, explicou a cantora.
Apesar de ter aceitado as desculpas de Tony Salles no dia seguinte, Daniela não deixou de expressar sua indignação. “Foi desonesto da parte dele na televisão ao vivo tentar me responsabilizar pelo fluxo lento do Carnaval. Fico indignada com a constatação de que é fácil bater em mulher, mesmo que essa mulher seja eu. Fico feliz que ele tenha se desculpado”, completou.
O episódio destacou novamente a naturalização da violência contra as mulheres e a dificuldade de muitas vezes se reconhecer a responsabilidade de homens em atitudes desrespeitosas, o que gerou um debate sobre respeito e igualdade no ambiente profissional e na vida pública.
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