A jornalista Ilze Scamparini, correspondente da Globo no Vaticano, não conteve a emoção durante a transmissão ao vivo nesta quinta-feira (8), ao comentar o discurso de Leão XIV, o novo papa eleito pela Igreja Católica. Com os olhos marejados, a repórter veterana falou da continuidade do legado deixado por Francisco e destacou o simbolismo da escolha de um papa norte-americano — fato inédito na história da Igreja.
“Fiquei muito surpresa, embora já fosse um dos favoritos. Ele vinha de uma segunda linha de candidatos, mas fez um discurso marcante, com a palavra ‘Sinodal’ como destaque. Isso indica que vai seguir o governo de Francisco”, analisou Ilze, visivelmente emocionada.
🌍 Um papa americano e o papel geopolítico da Igreja
A jornalista destacou a importância política da escolha:
“É a primeira vez que temos um papa norte-americano. Embora ele seja um ‘menos americano’, é uma figura de diálogo. Pode ser um instrumento de paz na relação da Santa Sé com os Estados Unidos e outros países.”
Ilze também ressaltou o posicionamento do novo pontífice em relação a temas sensíveis da sociedade contemporânea:
“Ele é muito aberto a comunidades gays e a tudo que foi motivo de reforma para Francisco.”
Leão XIV sucede o papa Francisco em um momento delicado para a Igreja, com desafios internos e externos, e já chega ao trono papal cercado de expectativas sobre reformas sociais, papel político internacional e renovação de valores dentro da instituição.
“Fiquei muito surpresa, embora já fosse favorito, pertencia a uma segunda linha de candidatos, a principal palavra do discurso foi ‘Sinodal’. Ele disse que isso e significa que vai continuar o governo de Francisco, fez uma mensagem longa de agradecimento, diferente de outros papas que falaram diretamente aos fiéis, para quem dizia que ele não falava bem italiano, não é verdade, ele se expressou muito bem, foi uma surpresa grande até porque esses favoritos da segunda linha nem sempre conseguem ultrapassar a margem”.
Em seguida, a correspondente da Globo, agora menos emocionada, falou sobre a surpresa de o Vaticano ter eleito pela primeira vez na história um papa norte-americano. Para ela, a expectativa é que o pontífice seja instrumento de paz na relação Santa Sé com os EUA e do País anglosaxão com outras nações.