Mestre do terror brasileiro dirigiu 40 produções e atuou em mais de 50 filmes. Morte do ator e diretor foi confirmada pela filha de Mojica, a atriz Liz Marins, nesta quarta-feira (19).
O ator, diretor e roteirista José Mojica Marins, conhecido pelo personagem Zé do Caixão, morreu aos 83 anos, vítima de uma broncopneumonia.
A morte foi confirmada pela filha de Mojica, a atriz Liz Marins, nesta quarta-feira (19). Ele morreu às 15h46, no hospital Sancta Maggiore, em São Paulo. O cineasta estava internado desde o dia 28 de janeiro para tratar de uma broncopneumonia.
O velório deve acontecer no Museu da Imagem e do Som (MIS). Mojica deixa sete filhos.
Mesmo conhecido como o mestre do terror no cinema brasileiro, Mojica também trabalhou com outros gêneros, como aventura, faroeste e pornochanchada. Ele também influenciou o movimento do cinema marginal nos anos 1960.
Quando tinha 17 anos, fundou a Companhia Cinematográfica Atlas, que produziu filmes amadores. O primeiro longa-metragem foi “A sina do aventureiro”, de 1958.
Em 1963, escreveu a história de “Meu destino em tuas mãos” e procurou o cineasta Ozualdo Candeias para fazer o roteiro, mas o colaborador não foi creditado.
O personagem Zé do Caixão, conforme Mojica contou em várias entrevistas, surgiu para ele durante um pesadelo, em que um homem de capa preta o arrastava para um túmulo.
A primeira aparição do Zé do Caixão no cinema foi em “À meia-noite levarei sua alma”, de 1964. Nos Estados Unidos, ele ficou conhecido como “Coffin Joe”.
Segundo o site oficial do personagem, Josefel Zanatas era o nome verdadeiro de Zé do Caixão. O coveiro era filho de um casal dono de uma rede de agências funerárias.
Por isso, o pequeno Zé do Caixão cresceu como uma criança muito sozinha e discriminada pelos colegas por causa da profissão dos pais.
A biografia ainda diz que Zé do Caixão é um “homem sem crenças, não acredita em Deus nem no Diabo, só acredita nele mesmo, acha que é o único que pode fazer justiça”.