A atriz Patricia Arquette, 57 anos, vencedora do Oscar e uma das figuras mais autênticas de Hollywood, abriu o coração em entrevista ao portal Page Six sobre um tema que muitas atrizes enfrentam no início da carreira: a pressão estética.
Durante os anos 1990, auge do seu reconhecimento no cinema, Arquette fez uma escolha corajosa — ela evitou papéis que a colocavam como símbolo de beleza ou apenas como objeto de desejo masculino.
“A beleza me pareceu muito perigosa e um pouco assustadora. Também parecia monótona e parecia ter uma vida útil curta”, revelou.
“Eu não queria ser limitada pela minha própria beleza.”
Mesmo sem se sentir particularmente bonita, ela conta que o mundo a tratava como tal, o que gerava um grande conflito interno. Esse desconforto foi decisivo para que ela buscasse papéis mais profundos e desafiadores, onde pudesse mostrar talento além da aparência física.
Um papel que fez a diferença
Arquette mencionou com orgulho sua participação no filme “Human Nature” (2001), onde interpretou uma mulher com hipertricose — condição rara que provoca crescimento excessivo de pelos. Para a atriz, aquele papel foi libertador, porque sabia que não estava ali pelo visual:
“Foi a primeira vez que entendi que aquele papel não tinha nada a ver com beleza. Isso me deu liberdade.”
Hoje, Patricia é reconhecida não só por sua atuação intensa, mas por sua voz firme em causas como feminismo, envelhecimento e padrões de beleza na indústria do entretenimento.
“Eu não queria ser limitada pela minha própria beleza”, falou a atriz, que hoje está em “Ruptura”. “Eu nem me sentia bonita, mas o mundo me tratava assim, então eu sempre tive um conflito muito intenso com isso.”
Segundo Arquette, ela ficou feliz ao ser escalada para o filme “Humam Nature” (2001) no papel de uma mulher com hipertricose, condição que causa o crescimento excessivo de pelos no corpo, pois sabia que o mérito não havia sido de sua beleza.