O policial militar identificado como Paulo Vitor, suspeito de agredir a jovem Emily Viana Souza, de 19 anos, em um evento na cidade de Porto Seguro, que fica no extremo sul da Bahia, ainda não esteve na delegacia para prestar depoimento. O caso aconteceu no dia 18 de julho, no bairro Agrovila
Emily sofreu uma fratura no rosto e cortou a língua após levar um soco, durante uma festa. A vítima disse ainda que não sabe o que motivou as agressões, já que não tinha nenhuma relação com o suspeito
Na terça-feira (20), a Polícia Civil havia solicitado uma medida protetiva para a jovem, à Justiça. Nesta sexta (23), a instituição informou ao G1 que aguarda a análise judicial do pedido
O G1 entrou em contato com o Tribunal de Justiça do Estado da Bahia (TJ-BA) para saber sobre a solicitação, mas ainda não obteve resposta
Paulo Vitor não foi afastado das atividades e segue atuando como policial militar. A PM disse, em nota, que tomou conhecimento do fato pelas redes sociais e que abrirá uma sindicância na Corregedoria Setorial do 8º Batalhão da Polícia Militar onde o suspeito trabalha, para apurar a situação
Segundo a PM, se houver indícios de materialidade, seja pelo crime de agressão ou por transgressão disciplinar – que são ações contrárias aos preceitos da corporação –, além da confirmação de que o militar agrediu a jovem, medidas legais serão tomadas
Agressão
O caso aconteceu por volta das 6h30 do domingo. Emily prestou depoimento na terça e fez exame de corpo de delito. Ao G1, ela contou que estava com amigos curtindo a festa, quando o suspeito – que também estava no evento se divertindo – a chamou e deu um tapa e um soco no rosto dela
“Eu fui até ele e falei: ‘O que foi?’ Aí ele me deu um tapa. Eu lembro que no reflexo eu empurrei ele, porque ele estava na beira da piscina e eu fiz para afastar ele. Só que não consegui nem chegar perto, porque ele me deu um murro”, relatou
“Eu caí tão forte, que eu bati na mesa, a mesa foi para trás e eu fui para o chão. Eu bati a cabeça no chão e não consegui levantar, porque eu estava tonta e meus amigos foram me ajudar”.
A vítima disse ainda que não sabe o que motivou as agressões, que não tinha nenhum tipo de relação com o suspeito. A jovem tem amizade com um amigo do agressor, que também estava na festa
“Eu já levantei cuspindo sangue, porque cortou minha língua. Eu levantei, todo mundo veio para cima, eu pedi para me levarem para perto do banheiro, porque eu queria chorar”.
Depois de agredir Emily, o suspeito fugiu do local. Antes de sair do evento, ele xingou pessoas que estavam na festa e chegou a sacar a arma
“Todo mundo revoltado com ele, com a situação. Ele e os amigos dele saíram imediatamente do local. Saíram gritando, xingando todo mundo, sacou arma, foi péssimo”, contou
Fonte: g1
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